sábado, 31 de março de 2012

Domingo de Ramos – Ano B 1º/04/2012












Caríssimos, baste-nos alguns pensamentos, nesta Eucaristia solene que abre a Grande Semana da nossa fé, a Semana santíssima, que culminará com a Solenidade da Páscoa, Domingo próximo.
Já fizemos memória da Entrada do Senhor Jesus em Jerusalém. Ele é o Filho de Davi, o Messias esperado por Israel, que vem tomar posse de sua Cidade Santa. Mas, que surpresa! É um Messias humilde, que entra não a cavalo, mas num humilde burrico, sinal de serviço e pequenez! Ei-lo: seu serviço será dar a vida pela multidão. Ele é Rei, mas rei coroado de espinhos e não de humana vanglória. Termos seguido o Senhor nessa solene procissão com ramos é tê-lo reconhecido como nosso rei, rei pobre e humilde. Tê-lo seguido é nos dispor a segui-lo nas pobrezas e humildades da vida, dispondo-nos a participar de sua paixão e cruz para ter parte na glória de sua ressurreição.
Após a Procissão de Ramos, que pensamentos poderíamos colher agora na Liturgia da Palavra desta Missa da Paixão do Senhor? Eis alguns pensamentos:
Primeiro: O meio que Deus escolheu para nos salvar não foi o que é grande e vistoso, tão apreciado pelo mundo. Ao invés, o Pai nos salvou pela humilde obediência do Filho Jesus. Reconheçamos na voz do Servo sofredor da primeira leitura a voz do Filho de Deus: “O Senhor Deus me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhes resisti nem voltei atrás. Ofereci as costas para me baterem e as faces para arrancarem a barba. O Senhor é o meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, porque sei que não serei humilhado”. Palavras impressionantes, caríssimos! O Filho buscou humildemente, na obediência de um discípulo, a vontade do Pai – e aí encontrou força e consolo, encontrou a certeza de sua vida. São Paulo, na segunda leitura de hoje, confirma isso com palavras não menos impressionantes: “Jesus Cristo, existindo na condição divina, esvaziou-se de si mesmo, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz”. Caríssimos em Cristo, num mundo que nos tenta a ser os donos da verdade, desprezando os preceitos do Senhor Deus e seus planos para nós, aprendamos a humilde obediência de Cristo Jesus, entremos em comunhão com o Cristo obediente ao Pai até a morte. Só então seremos livres realmente, somente então viveremos de verdade!
Um segundo pensamento: O breve e concreto relato da Paixão segundo São Marcos, apresenta-nos ao menos três modos de nos colocar diante do Cristo nosso Senhor. Dois modos inadequados, que deveremos evitar, apesar de tantas vezes neles cairmos; e um modo correto, a que somos continuamente chamados. Ei-los:
Primeiramente, o modo dos discípulos, tão vergonhoso: “Então todos o abandonaram e figuram”. Oh! meus caros, que desde o início temos sido covardes, desde os princípios somos um mísero bando de infiéis! Quantas vezes, nos apertos da vida, fugimos e o abandonamos: no vício, no comodismo, na busca de crendices e seitas, no fascínio por ideologias, idéias e filosofias opostas à nossa fé! Como é fácil fugir, como é fácil, ainda agora, abandoná-lo! – Perdoa-nos, Senhor Jesus, porque ainda hoje somos assim, ainda somos como os primeiros discípulos: frágeis, inconstantes, covardes mesmo! Perdoa-nos pelo pouco amor, pela falta de compromisso!
Depois, o modo de Pedro, que “seguiu Jesus de longe”. Atenção, caríssimos Pedros aqui presentes! Não se pode seguir Jesus de longe! Quem o segue assim? Quem pensa poder ser discípulo pela metade; quem se ilude, pensando seguir o Senhor sem combater seus vícios e pecados; quem imagina poder servir a Deus e ao dinheiro, ao Senhor e aos costumes e modos e pensamentos do mundo! Como terminarão esses? Como terminou Pedro: negando conhecer Jesus! – Senhor, olha para nós, como olhaste para Pedro; dá-nos o arrependimento e o pranto pela covardia e frieza em te seguir! Faze-nos verdadeiros discípulos teus, que te sigam de perto até a cruz, como o Discípulo Amado, ao lado de tua Santíssima Mãe!
Finalmente, uma atitude bela e digna de um verdadeiro discípulo do Senhor: aquele gesto, da misteriosa mulher, que ungiu a cabeça do Senhor com nardo puro, caríssimo! Notaram, amados em Cristo, o detalhe de São Marcos? “Ela quebrou o vaso e derramou o perfume na cabeça de Jesus”. Quebrou o vaso… isto é, derramou todo o perfume, sem reservas, sem pena, com amoroso estrago… Para o Senhor, tudo; para o Salvador o melhor! E São João diz que “a casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo” (Jo 12,3). Ó mulher feliz, discípula generosa! Dando tudo ao Senhor, perfumou toda a casa com o bom odor de um amor ser reservas! Quanta generosidade dessa mulher politicamente incorreta! Quanta hipocrisia, quanta mesquinhez dos apóstolos politicamente corretos, que não compreenderam seu gesto de amor gratuito! – Senhor Jesus, faz-nos generosos para contigo! Que te amemos como essa mulher: sem reservas, sem fazer contas! Ó Senhor, que nos amaste até o extremo, ensina-nos a te amar assim também, colocando nossos perfumes, isto é, aquilo que temos de precioso, a teus pés! Então, o mundo será melhor, porque o bom odor do amor haverá de se espalhar como testemunho da tua presença
Eis, caríssimos! Fiquemos com estes santos pensamentos, preparando-nos durante toda esta Semana para o Tríduo Pascal, que terá seu cume na Santa Vigília da Ressurreição! Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos, porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.




Homilia de D. Henrique Soares da Costa – Prebiteros


Is 50,4-7 - Sl 21 - Fl 2,6-11 - Mc 14,1 – 15,47





segunda-feira, 26 de março de 2012

5º Domingo da Quaresma 25/03/2012








Queremos ver Jesus

Na liturgia do 5º Domingo da Quaresma ecoa, com insistência, a preocupação de Deus no sentido de apontar ao homem o caminho da salvação e da vida definitiva. A Palavra de Deus garante-nos que a salvação passa por uma vida vivida na escuta atenta dos projetos de Deus e na doação total aos irmãos.

Na primeira leitura, Javé apresenta a Israel a proposta de uma nova Aliança. Essa Aliança implica que Deus mude o coração do Povo, pois só com um coração transformado o homem será capaz de pensar, de decidir e de agir de acordo com as propostas de Deus.
A segunda leitura apresenta-nos Jesus Cristo, o sumo-sacerdote da nova Aliança, que Se solidariza com os homens e lhes aponta o caminho da salvação. Esse caminho (e que é o mesmo caminho que Jesus seguiu) passa por viver no diálogo com Deus, na descoberta dos seus desafios e propostas, na obediência radical aos seus projetos.
O Evangelho convida-nos a olhar para Jesus, a aprender com Ele, a segui-l’O no caminho do amor radical, do dom da vida, da entrega total a Deus e aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.


Fonte: Internet

Anunciação do Senhor 25/03/2012







Eis a escrava do Senhor…

Na celebração da Anunciação do Senhor, nove meses antes do Natal, a sagrada liturgia da Igreja traz à nossa memória o momento da Encarnação do Filho de Jesus. Deus pede a cooperação da Mulher para que o Filho, o Verbo Eterno, possa assumir a natureza humana para nossa salvação.
Artistas de todas as épocas se inspiraram nesta passagem de Lucas para suas pinturas, ícones, mosaicos, tapeçarias, peças musicais, etc. Ali aparecem frente a frente o Anjo Gabriel e a Virgem Maria. Ele, em nome de Deus. Ela, em nome da humanidade. Ele, espírito celeste. Ela, filha de Adão.
Gabriel traz uma proposta: ser a mãe do Messias prometido. Maria dá a resposta: “Eis aqui a escrava do Senhor!” Algumas traduções optam por “serva”, mas não é o que está no texto latino de S. Jerônimo [ancilla Domini] nem no grego de São Lucas [doúle kyriou]. A palavra “serva” faz pensar em uma empregadinha doméstica, com avental e dragonas nos ombros, com carteira assinada e direitos trabalhistas. Ora, escrava é outra coisa!
A resposta de Maria de Nazaré tem um sentido existencial que toca o profundo de seu ser. É como se Maria dissesse: “Se você acaba de me revelar qual é o desígnio de Deus a meu respeito, quem sou para ter vontade própria e escolher diferentemente? Abro mão, livremente, de minha vontade para aderir de modo pleno àquilo que o Senhor me diz. Deixo de lado qualquer projeto pessoal, pois Deus me diz o que fazer.”
Este é o alcance da palavra “escrava”: aquela que vive a obediência pronta e incondicional, sem levar em conta possíveis prejuízos pessoais. Não se veja nisto uma forma de humilhação, pois os escravos sempre se orgulharam de servir a senhores distintos e merecedores de honra. E ninguém é mais honrado que o Senhor! O Salmo 123 retrata fielmente a atenção dos escravos, prontos à obediência e ao serviço: “Como os olhos dos escravos para a mão dos seus amos, / e os olhos de uma escrava para a mão de sua dona, / assim nossos olhos estão voltados para o Senhor, nosso Deus…” (Sl 123 [122],2.) Em geral, os escravos vinham de outros povos, presas de guerra ou adquiridos de mercadores; por isso mesmo, não entendiam o idioma do patrão e deviam prestar atenção às ordens dadas por gestos das mãos e indicação dos dedos. Olhar a mão do dono mostra a utilidade e prontidão do escravo.
Sei que a simples palavra “escravo” provoca alergias. E que muitos preferem um “deus” que lhes preste serviços, qual gênio da lâmpada. Mas não é assim com a Toda Santa: cheia do Espírito, ela sabe que não há maior glória que servir a Deus…



Orai sem cessar: “Meu Deus, quero fazer o que te agrada!” (Sl 40 [39],9)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.


Solenidade tranferida para segunda-feira

sábado, 24 de março de 2012

Santa Catarina da Suécia 24/03/2012





Catarina foi ao mesmo tempo filha, discípula e companheira inseparável da mãe, Santa Brígida, a maior expressão religiosa feminina da história da Suécia. Nascida num berço nobre e cristão, Catarina nasceu em 1331 e recebeu educação e cultura com sólida base religiosa. Aos sete anos de idade, foi entregue às Irmãs do convento de Risberg, que souberam desenvolver totalmente sua vocação, cristalizando os ensinamentos cristãos que já vinha recebendo desde o berço.
Mas, circunstâncias políticas e sociais fizeram com que a jovem tivesse que se casar com um nobre da corte, Edgar, que além de fervoroso cristão era doente. Assim, decidiu aceitar o voto de castidade que Catarina fizera e ele mesmo resolveu adota-lo, vivendo tranquilos como irmãos. Quando Edgard, ficou paralítico, Catarina passou a cuidar dele com todo carinho e generosidade.
Por ocasião da morte do pai de Catarina, sua mãe Brígida resolveu se voltar totalmente para a vida religiosa, iniciando-a com uma romaria aos túmulos dos apóstolos, em Roma. Pouco tempo depois Catarina conseguiu a autorização do marido para encontrar-se com a ela. Mas, quando estavam em Roma receberam a notícia da morte de Edgard. Então, ambas fizeram os votos e vestiram o hábito de religiosas e não se separaram mais. Catarina ajudou e acompanhou todo o trabalho de caridade e evangelização desenvolvido pela mãe. Fundaram juntas o duplo mosteiro de Vadstena, na Suécia, do qual Brígida foi abadessa, criando a Ordem de São Salvador, cujas religiosas são chamadas de brigidinas.
Catarina, como sua assistente, seguiu-a em todas as viagens perigosas, em seu país e no exterior, sendo muita vezes salvas por um cervo selvagem que sempre aparecia para socorrer Catarina. Foi após uma peregrinação à Terra Santa, que Brígida veio a falecer, em Roma. Catarina acompanhou o corpo de volta para a Suécia e foi recebida com aclamação popular, junto com os restos mortais da mãe, que já era venerada por sua santidade.
Os registros relatam mais fatos prodigiosos, ocorridos com a nova abadessa, pois Catarina foi eleita sucessora da mãe no convento. Eles contam que alguns pretendentes queriam que ela abandonasse os votos e o hábito depois a morte de Edgard. Um, mais audacioso, ao tentar atacá-la, teria ficado cego e só recuperado a visão depois de se ajoelhar aos seus pés e pedir perdão, quando abriu os olhos viu ao lado de Catarina um cervo selvagem. Por isso, nas suas representações sempre há um cervo junto dela.
Entretanto, a rainha-mãe Brígida, depois de falecida passou a operar prodígios, segundo muitos devotos e peregrinos que afirmavam ter alcançado graças por sua intercessão. Por isso, a pedido do povo e das autoridades da corte, a abadessa Catarina foi a Roma requerer do Sumo Pontífice a canonização da mãe, em nome da população do seu país. Ali viveu por cinco anos, interna de um convento onde ficaram registrados sua extrema disciplina, o senso de caridade e a humildade com que tratava os doentes e necessitados.
Catarina, quando voltou para a Suécia, já era portadora de grave enfermidade, talvez pelas horas de duras penitências que praticava. Tinha cinquenta anos de idade quando faleceu, no dia 24 de março de 1381.
O papa Inocente VIII, confirmou o culto de Santa Catarina da Suécia, em 1484. Mas o seu culto já era muito vigoroso em toda a Europa, uma vez que segundo a população romana ela teria salvado a cidade da inundação do rio Tevere cuja cheia já havia derrubado os diques que o continham.

A Igreja também celebra hoje os santos: Adelmar, Oscar Romero e Diogo José de Cádiz



Fonte: Província Franciscana da Imaculada Conceição do

terça-feira, 20 de março de 2012

Santo Ambrósio Sansedoni de Sena 20/03/2012




Ambrósio Sansedoni, nasceu no majestoso palácio da sua nobre família, no ano 1220, na cidade de Sena, Itália. Segundo a tradição, parece que ele nasceu disforme, com algumas imperfeições nas pernas e braços, por este motivo foi confiado a uma ama de leite, que o mantinha fora do palácio, pois a família se envergonhava da sua condição. Mas, esta senhora, muito cristã e piedosa, cuidou dele com carinho e afeição. Todos os dias, ela o levava nos braços, cobrindo inclusive o seu rosto, à igreja, onde rezava com fervor, para que o menino fosse curado.
Certa vez, um peregrino disse à ama de leite: "Mulher, não escondas o rosto desta criança, porque será a luz e a glória desta cidade". Não passou muito tempo Ambrósio foi curado milagrosamente. Tinha pouco mais de três anos, quando retornou ao palácio e ao seio da família. Depois, aos dezessete anos, abandonou tudo para ingressar na Ordem dos Padres Predicadores Dominicanos.
O noviciado e os primeiros estudos, ele completou em Sena, depois fez o aperfeiçoamento, em 1245, na diocese de Paris e de lá seguiu para a Alemanha, na diocese de Colônia. Teve como professor, o futuro santo, Alberto Magno e como companheiros Pedro de Tarantasia, que mais tarde foi eleito Papa Inocêncio V e Tomás d'Aquino, que a Igreja homenageia com o título de Doutor.
Ambrósio foi chamado para ir lecionar em Paris. A partir de então se tornou conhecido, principalmente, pela eficácia de sua pregação na igreja e na praça, entre os salmos e entre os tumultos. Alguns pintores o representaram com o Espírito Santo em forma de pomba branca, que lhe fala ao ouvido.
Seus dons excepcionais de convencimento e conciliação, marcaram a história da Igreja e da humanidade. Foi enviado à Alemanha como mediador da paz entre várias famílias em conflito. Regressou a Sena e alcançou do Papa Gregório X a supressão de um interdito que havia recaído sobre a sua cidade. Depois disto, este mesmo pontífice lhe confiou ainda outras missões de paz pela Itália, Hungria, França e novamente Alemanha.
Acusado de impostor e de ambicioso por um poderoso senhor, Ambrósio respondeu-lhe: "Deus se chama Rei da Paz. É por isso que cada um deve desejar a paz com o próximo. Deus não a concede senão aos que a concedem de bom coração aos outros. O que eu faço não é por mim mesmo, mas pela vontade daquele que tem poder sobre mim. Agora, pois, se é por minha causa, se é que vos perturbo, peço-vos perdão ..."
No ano 1270, foi chamado a Roma pelo Papa, para ajudar na restauração dos estudos eclesiásticos. Morreu vítima do seu zelo, no dia 20 de março de 1286, em Sena, durante um sermão. Falou com tamanha veemência contra os usurários, que se romperam várias veias no peito, causando-lhe a morte instantânea. O papa Clemente VIII, em 1597, fez incluir no Calendário da Igreja, o Beato Ambrósio Sansedoni, de Sena, para ser venerado no dia de sua morte.



Fonte: Portal Angels









segunda-feira, 19 de março de 2012

São José Pai Adotivo de Jesus Cristo 19/03/2012





Guarda fiel e providente

É esta a regra geral de todas as graças singulares concedidas a qualquer criatura racional: quando a divina providência escolhe alguém para uma graça singular ou para um estado elevado, concede à pessoa assim eleita todos os carismas que são necessários ao seu ministério.
Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai putativo do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Senhora dos Anjos, que foi escolhido pelo Eterno Pai para guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E fidelissimamente desempenhou este ofício; por isso lhe disse o Senhor: Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor.
Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: não é acaso ele o homem eleito e singular, por meio do qual e sob o qual, de modo ordenado e honesto, se realizou a entrada de Cristo no mundo? Se portanto toda a Santa Igreja é devedora à Virgem Mãe, porque por meio dela recebeu Cristo, assim também, logo a seguir a ela, deve a São José uma singular gratidão e reverência,
Ele é na verdade o termo da Antiga Aliança, nele a dignidade dos Patriarcas e dos Profetas alcança o fruto prometido. Ele é o único que realmente alcançou aquilo que a divina condescendência lhes tinha prometido.
E não devemos duvidar que a intimidade, a reverência e a sublime dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como filho para com seu pai, decerto também lha não negou no Céu, mas antes a completou e consumou.
Por isso não é sem motivo que o Senhor lhe diz: Entra na alegria do teu Senhor. De facto, apesar de ser a alegria da bem-aventurança eterna que entra no coração do homem, o Senhor prefere dizer-lhe: Entra na alegria, para insinuar misteriosamente que a alegria não está só dentro dele, mas o circunda de todos os lados e o absorve e submerge como abismo sem fim.
Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com as vossas orações junto do vosso Filho; tornai-nos também propícia a Virgem vossa Esposa, que é a Mãe d’Aquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim, Amém.

Dos Sermões de São Bernardino de Sena, presbítero


(Sermo 2, de S. Ioseph: Opera 7, 16.27-30) (Sec. XV)















domingo, 18 de março de 2012

4º Domingo da Quaresma Ano B 18/03/2012




João é o evangelista abismado na contemplação do amor de um Deus que não hesitou em enviar ao mundo o seu Filho, o seu único Filho, para apresentar aos homens uma proposta de felicidade plena, de vida definitiva; e Jesus, o Filho, cumprindo o mandato do Pai, fez da sua vida um dom, até à morte na cruz, para mostrar aos homens o “caminho” da vida eterna… O Evangelho deste domingo convida-nos a contemplar, com João, esta incrível história de amor e a espantar-nos com o peso que nós – seres limitados e finitos, pequenos grãos de pó na imensidão das galáxias – adquirimos nos esquemas, nos projetos e no coração de Deus. O amor de Deus traduz-se na oferta ao homem de vida plena e definitiva. É uma oferta gratuita, incondicional, absoluta, válida para sempre e que não discrimina ninguém. Aos homens – dotados de liberdade e de capacidade de opção – compete decidir se aceitam ou se rejeitam o dom de Deus. Às vezes, os homens acusam Deus pelas guerras, pelas injustiças, pelas arbitrariedades que trazem sofrimento e morte que pintam as paredes do mundo com a cor do desespero… O nosso texto, contudo, é claro: Deus ama o homem e oferece-lhe a vida. O sofrimento e a morte não vêm de Deus, mas são o resultado das escolhas erradas feitas pelo homem que se obstina na auto-suficiência e que prescinde dos dons de Deus. Neste texto, João define claramente o caminho que todo o homem deve seguir para chegar à vida eterna: trata-se de “acreditar” em Jesus. “Acreditar” em Jesus não é uma mera adesão intelectual ou teórica a certas verdades da fé; mas é escutar Jesus, acolher a sua mensagem e os seus valores, segui-l’O nesse caminho do amor e da entrega ao Pai e aos irmãos. Passa pelo ser capaz de ultrapassar a indiferença, o comodismo, os projetos pessoais e pelo empenho em concretizar, no dia a dia da vida, os apelos e os desafios de Deus; passa por despir o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, os preconceitos, para realizar gestos concretos de dom, de entrega, de serviço que tragam alegria, vida e esperança aos irmãos que caminham lado a lado conosco. Neste tempo de caminhada para a Páscoa, somos convidados a converter-nos a Jesus e a percorrer o mesmo caminho de amor total que Ele percorreu.
Alguns cristãos vivem obcecados e assustados com esse momento final em que Deus vai julgar o homem, depois de pesar na balança as suas ações boas e as suas ações más… João garante-nos que Deus não é um contabilista, a somar os débitos e os créditos do homem para lhes pagar em conformidade… O cristão não vive no medo, pois ele sabe que Deus é esse Pai cheio de amor que oferece a todos os seus filhos a vida eterna. Não é Deus que nos condena; somos nós que escolhemos entre a vida eterna que Deus nos oferece ou a eterna infelicidade.

Fonte: Internet
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quinta-feira, 15 de março de 2012

Santa Luísa de Marilac 15/03/2012





Padroeira do Serviço Social e das Assistentes Sociais

“De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de nós lhe disser ‘Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos’, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras é morta em si mesma” (Tg. 2, 14 – 17).
A igreja honra em seus santos e santas a manifestação do Espírito Santo e o derramamento de Seus Dons e Carismas das mais diversas formas. São os heróis da fé que viveram na esperança e manifestaram totalmente a caridade ou o amor de Cristo nos irmãos.

A Nossa Santa

A França do final do século XVI foi palco de uma das épocas mais tristes de sua história. A Guerra Civil de 1590 trouxe aos franceses miséria, fome, calamidades, doenças e epidemias. Pobres e ricos, grandes e pequenos, todos sofriam com a situação.
A luta pela sobrevivência levou os habitantes de Paris a buscarem formas alternativas de alimentação, nem sempre salubres: ervas, ratos, etc. A história registra que mais de 50.000 pessoas morreram de inanição.
A família Marilac, de linhagem nobre da alta Alvérnia, região montanhosa central da França, tinha como representante o ilustre Luis de Marilac.
No ano de 1590, Luis de Marilac, que era viúvo e sem filhos, casou-se com Margarida Le Camus. No dia 12 de agosto de 1591 nasce Luísa de Marilac, menina de saúde frágil que necessitava de muitos cuidados. Dona Margarida não resiste aos difíceis trabalhos de parto e vem a falecer horas depois.
Inconsolável, Luis toma sua menina nos braços e com ela partilha sua dor e seu amor.
Com o passar dos anos, Luis, sentindo o peso da solidão e desejando melhores cuidados para Luisa, aceita casar-se com a irmã de Margarida, que havia ficado viúva e com quatro filhos.
Tia Antonieta, não querendo ter trabalho com Luísa, convence Luís a levá-la aos cuidados das irmãs dominicanas. Lá, nossa menina foi educada na fé e era na leitura da vida dos santos que encontrava consolo.
A situação econômica do Sr. Luis estava, como a de toda França, bastante comprometida e, para evitar gastos, Luísa é tirada do convento e levada aos cuidados de uma viúva: lá a pensão era mais barata.
Luisa é instruída pela viúva e dona da pensão, sendo sempre obediente e zelosa, tanto nos estudos como nos trabalhos. Foi nesse período que sentiu em seu coração o desejo de se tornar religiosa. Frei Honório argumentou que sua saúde frágil não suportaria os rigores disciplinares de um mosteiro.
Um golpe de dor! Luísa perde seu pai no início da adolescência. Miguel, o irmão de Luís, passou a ser seu tutor e levou Luisa para morar em seu palácio. Tudo era muito luxuoso e requintado. Luísa, apesar de amar seu tio, sentia-se constrangida em meio a tanto luxo.
Houve uma grande festa na corte, um banquete dos mais luxuosos. A jovem Luísa encantava a todos com sua simplicidade e beleza. Antônio Le Grás, nobre cavalheiro, apaixonou-se por ela.
Antônio procura o senhor Miguel e expõe suas intenções de casamento com Luísa. Nossa jovem, apesar de desejar seguir a vida religiosa, aceita a proposta e casamento para agradar seu tio.
Luísa tinha 22 anos quando casou-se com Antônio Le Grás, na igreja de São Gervásio em Paris. Logo em seguida, no ano seguinte, nasce o 1º filho do casal e recebe o nome de Miguel Antônio. A Sra. Luísa é toda dedicação ao seu amado esposo, ao seu filho, a casa, e também sempre encontrava tempo para os pobres e desvalidos.
Antônio viajava muito a serviço e Luísa era sempre incansável em visitar os doentes, lavar suas chagas e levar alimentos, roupas e tudo o que fosse necessário.
Certo dia, após longa viagem, Antônio trouxe para casa, depois de consultar sua esposa, os 7 filhos de um casal de parentes que tinham falecido.
O Sr. Le Grás adoece gravemente, sendo obrigado a abandonar o trabalho na corte; Luisa assume todas as responsabilidades da casa e dos negócios do marido.
Outro golpe de dor! O Sr. Antônio Le Grás falece, com 45 anos de idade, no dia 21 de dezembro de 1625. Luísa fica viúva com 34 anos.

A Missão

Aconselhada pelo bispo de Belley, conheceu o Pe. Vicente de Paulo, homem de aspecto rude, modos simples porém de caráter firme e bondade extremada.
“Jamais devemos perder de vista o divino modelo! É preciso ver Jesus Cristo no pobre, e ver no pobre a imagem de Cristo!” Foi o primeiro conselho de Pe. Vicente a Luísa de Marilac.
Luisa encantava-se com a vida e missão de Vicente de Paulo. Seu filho Miguel Antônio inicia estudos no seminário e ela vai morar numa casa alugada.
Luísa vai ao encontro das damas nobres da sociedade e com elas vai formando um grande exército de voluntárias. Foi nesse período que Pe. Vicente e Luísa fundaram as confrarias da caridade. Luisa passou a orientá-las sob a direção de Pe. Vicente.
Muitas jovens desejavam unir-se as damas das confrarias da caridade. Luisa acolhia e instruía a todas, em sua casa na rua São Vitor.
Em novembro de 1633, Pe. Vicente dá um novo sentido as damas. Inicia-se assim a companhia das filhas da caridade, fazendo votos de pobreza, obediência e castidade.
As filhas da caridade visitavam os presos, atendem os idosos desamparados, crianças abandonadas, etc; o campo de ação era vastíssimo.
Sabe-se que o estado sanitário do povo naquela época era precário. As pestes e epidemias eram freqüentes e mortais. As filhas da caridade eram só dedicação aos mais sofridos.
As crianças abandonadas eram levadas por Luisa para os cuidados em famílias ricas. Luisa iniciou um processo de guarda e futuras adoções para uma infinidade de órfãos. Luísa visitava as casas para conhecer a realidade dos futuros pais das crianças.
Luisa de Marilac, incansável guerreira do amor e da caridade, fez da sua vida um peregrinar pelas ruas de Paris e do mundo, sempre amparando, alimentando, instruindo e confortando os menos favorecidos. Seu filho tornou-se advogado sempre trabalhando para o bem comum.
As filhas da caridade estão espalhadas pelo mundo inteiro, servindo em hospitais, asilos, escolas, abrigos para menores, sanatórios, etc. Sempre levando o amor e o testamento de São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marilac.
No dia 15 de março de 1660, com 69 anos, Luisa de Marilac despede-se de suas irmãs e de sua vida dizendo: “Sejam muito cuidadosas, minhas filhas, com serviço aos pobres.”
São Vicente, já muito idoso, não pôde comparecer ao enterro de Santa Luisa. Ele veio a falecer em 27 de setembro do mesmo ano.
“Sabeis que os pobres são os nossos senhores e mestre e que devemos amá-los com ternura e respeitá-los profundamente” Santa Luisa de Marilac.
Que o exemplo de amor e doação de Luisa de Marilac nos inspire na prática do bem e nos ajude a alcançar a bem-aventurança. Santa Luisa escolheu defender a vida desde a concepção acolhendo mães solteiras e gestantes pobres, até enfermos e idosos!



Fonte: Internet

segunda-feira, 12 de março de 2012

São Gregorio I (Pontificado: 590 a 604) 12/03/2012



Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja, nasceu em Roma, em 540. O pai, Gordiano, era Senador e, como a mãe, Sílvia, pessoa muito religiosa. De mútuo acordo Gordiano e Sílvia se dedicaram ao serviço de Deus, ele abraçando o estado eclesiástico e ela, retirando-se à solidão, para servir unicamente a Deus. Gordiano recebeu o diaconato e prestou grandes serviços como Cardeal-diácono. Gregório recebeu uma educação esmerada e distinguia-se entre os companheiros, pelo seu saber e pela virtude. Tendo 34 anos de idade, o Imperador Justino II nomeou-o pretor, primeiro ministro de Roma. Nesta elevada posição deu altas provas de amor à justiça, de humildade e piedade. Depois da morte do pai, renunciou o cargo e fundou sete conventos: seis na Sicília e um em Roma. O seu palácio no Monte Célio foi transformado em mosteiro beneditino. Em 575 tomou o hábito da mesma Ordem. Como religioso, foi modelo para todos, nas virtudes da vida monástica. Em certa ocasião viu Gregório escravos, que tinham vindo da Inglaterra. A triste sorte desses infelizes comoveu-o profundamente e, sabendo que a Inglaterra estava ainda mergulhada nas trevas do paganismo, pediu e obteve licença para dedicar-se à obra da missão na Inglaterra. Não chegara ao termo da viagem, quando uma ordem do Papa Pelágio II, o chamou para Roma, onde foi incorporado ao Colégio dos sete diáconos da Igreja. Pouco tempo depois, em missão extraordinária, foi mandado a Constantinopla, de onde voltou para atender a vontade dos companheiros de Ordem, que o tinham eleito abade. Deus, porém, tinha-lhe reservado dignidade maior, Pelágio II, morreu em 590. A voz unânime do povo e do clero, na eleição de um sucessor, indicou Gregório, eleição que foi confirmada pelo império. Se bem que tudo fizesse para fugir da grande responsabilidade de Supremo Pastor, Gregório, vendo a inutilidade dos seus esforços, afinal aceitou a nova dignidade, curvando-se perante a evidência da vontade divina. O pontificado de Gregório traz o estigma da caridade. Caridoso para com todos, era amado como um pai. Católicos hereges e judeus, dirigiam-se-lhe cheios de confiança, certos de serem atendidos nas suas necessidades. O nome de Gregório está intimamente ligado à reforma do cantochão, a música litúrgica da Igreja, que é conhecida também sob o nome de canto gregoriano. Ao lado de uma caridade sem par, vemos no caráter deste grande Papa uma firmeza admirável, na defesa da fé e dos bons costumes cristãos. Assim se opôs energicamente às indevidas imposições do Patriarca de Constantinopla; conseguiu do imperador a revogação de um decreto, que excluía funcionários públicos do estado eclesiástico, e proibia aos soldados a entrada em uma Ordem religiosa. Embora de atividade pouco comum, no meio dos negócios da Igreja, não perdia de vista a santificação de sua alma. – “Eu estou pronto – assim se exprimia numa carta – para ouvir todos aqueles, que me quiserem fazer a caridade de uma repreensão salutar; considero como amigos só aqueles que possuírem a generosidade de indicar-me os meios de purificar minha alma das manchas que tem”. Amigo das ciências, procurou despertar, principalmente entre o clero, interesse pelo estudo das mesmas. Na ignorância reconhecida a fonte de muitas desordens. A situação geral da Igreja não era lisonjeira, e requeria um papa da têmpera de Gregório. Quando tomou as rédeas do governo, a Igreja oriental estava dividida pelos erros de Nestório e Eutiques. Gregório reconduziu muitos hereges à Igreja-mãe. A Inglaterra estava nas trevas do paganismo; Gregório para lá mandou os primeiros missionários. Na Espanha o arianismo conseguia implantar-se na alma da nação, graças ao governo dos Visigodos; Gregório restabeleceu lá a fé católica em toda a pureza. A Igreja da África foi libertada do mal dos donatistas, e a França deve a Gregório magno a extirpação de um grande mal – da simonia. De uma atividade admirável, Gregório Magno achou tempo ainda para compor numerosos livros, cheios de sabedoria e santidade. Após um pontificado abençoado de 13 anos, Gregório morreu em 604, na idade de 64 anos. Com Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Jerônimo é um dos quatro doutores latinos. O diácono Pedro, que possuía toda confiança de São Gregório, afirma ter visto muitas vezes o divino Espírito Santo, em forma de uma pomba branca, descer sobre o Santo Papa. É por este motivo que a arte cristã apresenta São Gregório Magno com uma pomba branca, pairando-lhe a cabeça.


Também comemora-se nesta data, São Bernardo
Cápua e Santo Inocêncio I


Fonte: Página Oriente



domingo, 11 de março de 2012

3º Domingo da Quaresma 11/03/2012





No Evangelho, Jesus se apresenta como o NOVO TEMPLO… (Jo 2,13-25)

O Templo era um lugar muito sagrado para os judeus.
Todo judeu devia ir ao templo ao menos uma vez por ano
para oferecer um sacrifício a Deus.
Estas ofertas para os sacrifícios faziam girar muito dinheiro...
e provocavam abusos e exploração.
O gesto ousado de Cristo não é apenas zelo de purificação do templo.
É anúncio da abolição do velho templo e do culto aí celebrado.
O antigo templo já tinha concluído a sua função.
Surgirá um novo templo, não construído de pedras e por mãos humanas,
mas o "lugar da Presença" viva de Deus: JESUS CRISTO.
Passamos do templo de pedra (projeto de Davi e realizado por Salomão)
ao Templo sonhado pelos profetas (fonte de vida e luz para todos os povos),
para chegar ao Senhor ressuscitado, o templo verdadeiro
em quem Deus manifesta a sua glória em favor de todos os homens.
Caminhamos todos para um "templo definitivo", que se identifica
com o mundo inteiro, quando esse se converte em casa do Pai,
isto é, a casa onde todos os homens se reconhecem irmãos.
Jesus nos convida a sermos templo no qual está presente Deus
e nele se oferece um verdadeiro culto em espírito e verdade..
Qual o Templo que devemos purificar?
- Nosso coração deve ser um sinal de Deus para os irmãos.
- Nossas comunidades devem dar testemunho da vida de Deus.
- A Igreja deve ser essa "Casa de Deus" onde as pessoas podem encontrar
a proposta de libertação e de Salvação que Deus oferece a todos.
- O "Culto", que Deus aprecia, deve ser uma vida
vivida na escuta de suas propostas e traduzida em gestos concretos
de doação, de entrega, de serviço simples e humilde aos irmãos.
- Jesus purificou o templo de seus profanadores e
nos convida a purificar também o templo de nosso coração.
Qual a nossa atitude diante da Lei de Deus?
É uma cerca que nos prende ou um caminho seguro para uma vida feliz?
Qual o respeito que temos na casa de Deus... (antes, durante, depois…)
- Se Cristo voltasse hoje às nossas igrejas… o que aconteceria?
A quem deveria expulsar com o chicote?
A Campanha da Fraternidade nos lembra outro templo sagrado,
também profanado pela ganância dos "vendilhões" de hoje.
A Pessoa humana é esse lugar sagrado, onde Deus quer ser respeitado…
Essa celebração deve nos levar a refletir sobre o ESPÍRITO
com que vivemos a nossa religião:
diante da Lei de Deus, nas práticas religiosas de nossa religião
e no respeito à pessoa humana !…
Só assim o nosso culto será realmente agradável a Deus!



Fonte: Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 11.03.2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

São Domingos Sávio 09/03/2012




Domingos Sávio nasceu em 1842, em San Giovanni di Riva, perto de Chieri, Província de Turim – Itália.

No dia da primeira comunhão, aos sete anos, traçou o seu projeto de vida: “Confessar-me-ei freqüentemente e farei a comunhão todas as vezes que meu confessor permitir. Quero santificar os dias de festa. Os meus amigos serão Jesus e Maria. Antes morrer que pecar”.
Acolhido, aos doze anos, por D. Bosco no Oratório de Turim, pediu-lhe que o ajudasse a tornar-se santo.
Dócil, sempre sereno e alegre, punha grande empenho nos deveres de estudante e no ajudar sempre os companheiros, ensinando-lhes o catecismo, assistindo os doentes, pacificando os briguentos...
Um dia disse a um colega recém-chegado ao Oratório: “Saiba que nós aqui fazemos consistir a santidade em estarmos muito alegres”. Procuramos “somente evitar o pecado, como um grande inimigo que nos rouba a graça de Deus e a paz do coração, impedindo-nos de cumprir nossos deveres com exatidão”.
Fidelíssimo ao seu programa, sustentado por intensa participação nos sacramentos, por uma filial devoção a Maria e generoso no sacrifício, foi por Deus cumulado de dons e carismas.
No dia 8 de dezembro de 1854, depois que pio IX proclamou o dogma da Imaculada Conceição, Domingos consagrou-se a Maria e começou a avançar rapidamente na santidade.
Em 1856 fundou com os amigos a Companhia da Imaculada para fazer apostolado em grupo.
Morreu em Mondonio, no dia 9 de março de 1857. Pio XI definiu-o: “Pequeno Gigante do espírito”. Pio XII proclamou-o bem-aventurado em 1950 e santo aos 12 de junho de 1954. Ele é o patrono dos pequenos Cantores e das Mães. Aluno e filho espiritual de São João Bosco, morreu com apenas 15 anos de idade.
Seu lema de vida era "antes morrer que pecar".
É um dos patronos da juventude católica.

Fonte: Meire Micheline

Santa Francisca Romana 09/03/2012




“Foi no coração de Francisca que o Espírito Santo derramou os seus dons espirituais e ao mesmo tempo suscitou muitas iniciativas de bem”. (Bento XVI) Francisca nasceu no ano de 1384 na cidade eterna (Roma). Seus pais pertenciam à alta aristocracia romana e chamavam-se Paulo de Busci e Jacobela da Rofredeschi. De sua mãe recebeu os mais vivos sentimentos de fé, uma fé alicerçada na esperança e na caridade, virtudes estas recebidas no Santo Batismo. Nessa época, Roma encontrava-se em ruínas, foram tempos turbulentos, devido a um cisma na Igreja. O Foro Romano era transitado por animais e a Basílica de São Paulo foi transformada em estábulo para os pastores e rebanhos. A jovem Francisca sempre nutrio em seu coração um forte desejo de servir a Deus e dedicar-se a oração a contemplação.
O Senhor Paulo de Busci impôs a sua vontade e usando do direito paternal deu a filha Francisca em casamento a Lorenzo de Ponziani, cuja família se orgulhava de ter entre seus antepassados o Papa Ponciano – O Mártir. Francisca estava com 13 anos e foi aconselhada a obedecer seu pai, pelo seu diretor espiritual. Logo após o casamento, Francisca foi morar no palácio da família de seu marido.
Em pouco tempo de casada, Francisca adoeceu gravemente e sempre atribuiu à cura de sua doença a intercessão do Santo Aleixo, que segundo seus relatos apareceu-lhe em sonhos.Tão logo se vendo curada, Francisca e sua cunhada Vanossa passaram a visitar os pobres, assistir os doentes, e a praticar todas as obras de misericórdia. A bondade e a caridade de Francisca chamaram atenção da população de Roma, em varias ocasiões foi vista carregando doentes, alimentando crianças e idosos nas calçadas da miséria.
O Senhor abençoou seu casamento com três filhos, João Batista, João Evangelista e Inês. Era uma mãe dedicada e uma esposa incansável no dia-a-dia com seu esposo.
Roma foi palco de grandes conflitos, e por essa época a igreja não tinha um, mas três Papas. Urbano VI era o legitimo, portanto a família de Francisca estava ao seu lado.
Num desses conflitos o castelo da família de Francisca foi invadido e seu marido ferido gravemente, como conseqüência dos ferimentos ficou invalido pelo resto de sua vida.
Logo em seguida Roma foi atingida pela peste e pela fome que vitimaram os filhos de Francisca, João Evangelista e Inês. Em tudo Francisca louvava a Deus, e cada vez mais se colocava a seu serviço. O Senhor lhe favorecia com revelações e iluminações, que eram submetidas ao seu confessor.
Muitas senhoras aristocratas romanas seguiram seu exemplo permanecendo cada uma em sua casa. No ano de 1425 formaram uma associação que se chamava Oblatas Olivetanas, pois viviam a espiritualidade dos Monges Beneditinos Olivetanos. Somente no ano de 1433, tornou-se uma congregação religiosa de vida comunitária e a primeira casa foi em um edifício, Tor de Specchi (Torre de Espelhos). Francisca foi morar na comunidade e tornou-se religiosa de fato, somente após a morte do marido, viveu com seu marido uma harmoniosa união matrimonial de mais de 40 anos.
No ano de 1436, Francisca deixa o Castelo da família para viver o carisma da contemplação e assistência aos doentes, enfermos e aos mais necessitados.
Francisca Romana sofreu perseguições e humilhações porem sempre encontrou consolo e o conforto em suas longas horas de oração e na Santa Eucaristia.
Deus a consolou com revelações místicas sobre as vidas de Jesus e da Ssma. Virgem. Por algum tempo trouxe em seu corpo as chagas de Nosso Senhor.
O que mais chamou atenção da Igreja, na vida de Francisca Romana, foi a convivência com os anjos, ou seu anjo da guarda. Nos primeiros anos de casada, sentia a presença do anjo que sempre a advertia no caminho do bem. Quando perdeu seu filho João Evangelista, este lhe apareceu em grande glória e disse-lhe que trouxera do céu um anjo, quem a acompanharia e seria seu protetor e guia em todas as ocorrências da vida. Foi este anjo seu companheiro por 24 anos, tornava-se visível só quando falava com o confessor e quando o inimigo a molestava com fortes tentações.
Mais intima foi a convivência com o anjo que Deus lhe dera nos últimos tempos de sua vida terrena. Este anjo lhe era visível e no seu olhar ela lia a resposta a cada pergunta e os avisos futuros.
Francisca Romana passou seus últimos quatro anos de vida no convento onde foi eleita superiora.
No ano de 1440 foi obrigada a voltar a casa de seus familiares, pois seu único filho João Batista estava gravemente enfermo, o seu coração de mãe falou mais alto e ela foi incansável no tratamento do filho.
O filho logo restabeleceu a saúde e a mãe Francisca Romana faleceu alguns dias depois no dia 9 de Março de 1440. Seu corpo foi sepultado, acompanhado por grande cortejo de nobres e plebeus na Igreja de Santa Maria Nuova. Foi canonizada em 1608 e indicada por Paulo V como modelo de filha, esposa, mãe, viúva, religiosa e mística. Que Santa Francisca nos ajude a alcançar a santidade nos mais diversos estados de vida que nos encontramos.

Fonte: Internet

quarta-feira, 7 de março de 2012

Santa Perpétua e Felicidade 07/03/2012







Da narração do martírio dos santos Mártires de Cartago
(Cap. 18-21: edit. van Beek, Nimega, 1936. pp. 42.46-52) (Sec. III)



Chamados e escolhidos para glória do Senhor



Despontou o dia da vitória dos mártires, e vieram do cárcere até ao anfiteatro, como se fosse para o Céu, de rosto radiante e sereno; e se algum tinha o rosto alterado, era de alegria e não de medo.
Perpétua foi a primeira a ser arremessada ao ar pela vaca brava, e caiu de costas no chão. Levantou-se imediatamente e, vendo Felicidade caída por terra, aproximou-se, estendeu-lhe a mão e ergueu-a. Ficaram ambas de pé. Saciada a crueldade do povo, foram reconduzidas à porta chamada Sanavivária. Perpétua foi aí acolhida por um certo catecúmeno, chamado Rústico, que permanecia sempre ao seu lado; e como se acordasse do sono (até esse momento estivera em êxtase do espírito) começou a olhar à volta e, para espanto de todos, perguntou: «Quando é que seremos expostas à tal vaca?». Quando lhe disseram que já tinha acontecido, não quis acreditar, e só se convenceu quando viu no seu corpo e nas suas vestes a marca dos ferimentos recebidos. Chamou então para junto de si o seu irmão e aquele catecúmeno e disse-lhes: «Permanecei firmes na fé, amai-vos uns aos outros e não vos perturbeis com os nossos sofrimentos».
Por sua vez, Saturo, noutra porta do anfiteatro, exortava o soldado Pudente com estas palavras: «Até agora, tal como te tinha afirmado e predito, não fui ainda ferido por nenhuma fera. Acredita portanto agora de todo o coração: agora vou avançar de novo para ali e serei abatido com uma única mordedura de leopardo». E imediatamente, já quase no fim do espectáculo, foi lançado a um leopardo, e com um só golpe ficou coberto de tanto sangue que o povo, sem saber o que dizia, dava testemunho do seu segundo baptismo, aclamando: «Foste lavado, estás salvo. Foste lavado, estás salvo!». E na verdade estava salvo quem de tal modo fora lavado.
Saturo disse então ao soldado Pudente: «Adeus. Lembra-te da fé e de mim, e que estas coisas não te perturbem, mas te confirmem». E pediu-lhe o anel que trazia no dedo, mergulhou-o na ferida e devolveu-lho como uma herança, deixando-lho como penhor e recordação do sangue. Depois, já exânime, prostrou-se com os outros no lugar destinado ao golpe de misericórdia.
Mas o povo reclamava em alta voz que aqueles que iam receber o golpe final fossem levados para o meio do anfiteatro, porque queriam ver com os seus próprios olhos, cúmplices do homicídio, a espada penetrar nos corpos das vítimas; os mártires levantaram-se espontaneamente e foram para o sítio onde o povo os queria, depois de terem dado mutuamente o ósculo santo, para coroarem o martírio com este rito de paz.
Todos receberam o golpe da espada imóveis e em silêncio: especialmente Saturo, que fora o primeiro a subir (na visão de Perpétua) e que foi o primeiro a entregar a alma. Até ao último instante ia confortando Perpétua. E esta, que desejava ainda experimentar maior dor, exultou ao sentir em seus ossos a cutilada, e ela própria guiou até à garganta a mão incerta do inexperiente gladiador. Talvez esta mulher, de quem o espírito do mal se temia, não tivesse podido ser morta de outra maneira do que querendo-o ela própria.

Ó mártires, cheios de força e ventura! Verdadeiramente fostes chamados e eleitos para a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte: Liturgia das Horas

terça-feira, 6 de março de 2012

Santa Inês de Praga (ou Boemia) ) 06/03/2012







Santa Inês de Praga (ou Boemia)


Inês, filha de Premislau I, rei da Boemia, atual República Tcheca, e da rainha Constancia da Hungria, nasceu em Praga no ano 1205. Devido a sua condição real, desde a infância sua vontade nunca pode ser considerada, sendo condicionada a projetos de matrimônios, conforme as necessidades políticas ou econômicas do reinado.
Aos três anos foi entregue aos cuidados da abadessa Edwiges, mais tarde Santa, que a acolheu no seu mosteiro cisterciense e lhe ensinou os primeiros fundamentos da fé cristã. Voltou para Praga com seis anos, onde foi para outro mosteiro para receber instrução e ser preparada para as funções da realeza. Em 1220, prometida em casamento a Henrique VII, duque da Áustria e filho do imperador Frederico II, ela foi para esta corte, aonde viveu durante cinco anos, mantendo-se sempre fiel aos deveres da vida cristã.
Inês voltou para Praga, pois os soberanos romperam o pacto do matrimônio, passando a viver mais intensamente para as orações e as obras de caridade; após uma profunda reflexão decidiu consagrar a Deus sua virgindade. Entretanto, outras alianças de casamento foram propostas a ela, sendo constrangida a ter de aceitar uma delas. Mas, o Papa Gregório IX, a quem havia pedido proteção, interveio reconhecendo a intenção de sua virgindade. Desde então, Inês adquiriu para sempre a liberdade e a felicidade se tornar esposa de Jesus Cristo.
Através dos Irmãos Menores de São Francisco, que iam a Praga como evangelizadores itinerantes, conheceu a vida espiritual que levava em Assis a virgem Clara, segundo o espírito de São Francisco. Ficou fascinada e decidiu seguir seu exemplo. Com seus próprios bens, fundou em Praga, o hospital de São Francisco e um mosteiro masculino, para que fossem dirigidos por eles. Em 1236, pode ingressar no Mosteiro das Clarissas de São Salvador de Praga, fundado por ela mesma, juntamente com cinco irmãs enviadas por Clara direto do seu mosteiro, em Assis. Em obediência ao Papa Gregório IX, Inês aceitou ser a abadessa, função que exerceu até morrer.
Inês manteve uma relação epistolar profunda com Clara de Assis, que lhe consagrou singular amizade chamando-a de "metade de minha alma", tamanha era a afinidade espiritual que possuíam. Da inúmera correspondência trocada, sobre assuntos de perfeição seráfica, ainda se conservam quatro delas.
Dedicou-se de corpo e alma ao serviço dos pobres, fundando para eles um outro hospital, este entregue à direção das Clarissas. Assumiu a mais absoluta pobreza, renunciando às rendas e vivendo de esmolas e doações. Os dons da cura e da profecia lhe foram acrescentados pelo Espírito Santo, em conseqüência de sua evolução e purificação espiritual.
A fama se sua santidade era muito forte, quando faleceu em Praga, no dia 6 de março de 1283. Está sepultada na Capela do seu mosteiro em Praga, hoje dedicado à ela. O culto à Inês de Praga, foi reconhecido em 1874. O Papa João Paulo II a canonizou em 1989 e a declarou Padroeira da cidade de Praga.

Fonte: Paulinas - veja também Santa Rosa Viterbo - e Santa Nicoleta

Santa Coleta (Nicoleta) 06/03/2012





Santa Coleta (Nicoleta)

Nascida em 13 de janeiro de 1381, em Corbie, na região francesa de Amiens, Nicoleta Boilet, apelidada de Coleta, recebeu este nome em homenagem a são Nicolau. Seus pais estavam com a idade avançada e sem filhos quando pediram pela intercessão desta graça ao santo, do qual eram devotos.
O pai era um artista abastado, que trabalhou no mosteiro beneditino de Corbie, onde a família viveu por alguns anos. A educação e o convívio religioso alí recebidos influenciaram muito na espiritualidade de Coleta, que nunca mais se afastou da religião e contribuiu vigorosamente para a construção e afirmação da Igreja Católica.
Aos dezoito anos ficou órfã. Distribuiu os bens aos pobres para viver reclusa na Ordem terceira de São Francisco. Neste período teve uma visão de Cristo que lhe deu a incumbiu de reformar as Clarissas. No início, resistiu em cumprir a missão que tão claramente lhe foi dada. Mas, depois de ficar muda e cega por alguns dias, entendeu que era um sinal pela sua desobediência, e aconselhada pelo frei Henrique Baume, irmão menor, se apresentou ao papa Bento XIII, que estava em Nice, e lhe expôs a vontade de Deus.
Coleta foi admitida e consagrada pelo Papa e, ele mesmo a consagrou com o hábito e a professou na Ordem primeira de Santa Clara. Em seguida a nomeou superiora geral de todos os conventos que fundasse ou reformasse e confiou a ela a reforma das três ordens religiosas em todos os mosteiros de Clarissas da França, hoje conhecidas como irmãs Claras Coletinas e o dos Irmãos Menores de São Francisco.
Em 1410, inaugurou o seu primeiro mosteiro reformado em Besanzon., seguido depois de outros dezesseis. Também reformou outros sete masculinos. Sua ação reformadora logo ultrapassou a França, chegando na Espanha, Bélgica e Itália. Juntamente com são Vicente Ferrer, Coleta lutou para acabar com o cisma do Ocidente, que culminou com a eleição simultânea de três papas: um em Roma; outro em Avinhon; e o terceiro em Pisa.
Entretanto, seu principal trabalho, além da prática da caridade para com os doentes e pobres, foi trazer de volta para os conventos e mosteiros, no século XV, o espírito de pobreza implantado por São Francisco de Assis, dois séculos antes.
Coleta morreu em Gand, Bélgica, no dia 6 de março de 1447. Vários registros foram encontrados, narrando os prodígios que ela realizava, ainda em vida. Depois seu culto se intensificou com inúmeras graças alcançadas por sua intercessão. Santa Coleta foi canonizada pelo Papa Pio VII em 1807, que indicou o dia de sua morte para as homenagens. Os séculos se passaram e até o despontar do terceiro milênio, os mais de cento e quarenta mosteiros das Coletinas sempre estiveram ativos na maior parte da Europa, como também na América, Ásia e África, onde estão presentes.

Fonte: Paulinas

Santa Rosa Viterbo 06/03/2012




Rosa viveu numa época de grandes confrontos, entre os poderes do pontificado e do imperador, somados aos conflitos civis provocados por duas famílias que disputavam o governo da cidade de Viterbo. Ela nasceu nesta cidade num dia incerto do ano de 1234. Os pais, João e Catarina, eram cristãos fervorosos. A família possuía uma boa propriedade na vizinha Santa Maria de Poggio, vivendo com conforto da agricultura.
Envolta por antigas tradições e sem dados oficiais que comprovem os fatos narrados, a vida de Rosa foi breve e incomum. Como sua mãe, Catarina, trabalhava com as Irmãs Clarissas do mosteiro da cidade, Rosa recebeu a influência da espiritualidade franciscana, ainda muito pequena. Ela era uma criança carismática, possuía dons especiais e um amor incondicional ao Senhor e a Virgem Maria. Dizem que com apenas três anos de idade transformava pães em rosas e aos sete, pregava nas praças, convertendo multidões. Aos doze anos ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, por causa de uma visão em que Nossa Senhora assim lhe determinava.
No ano de 1247 a cidade de Viterbo, fiel ao Papa, caiu nas mãos do imperador Frederico II, um herege, que negava a autoridade do Papa e o poder do Sacerdote de perdoar os pecados e consagrar. Rosa teve outra visão, desta vez com Cristo que estava com o coração em chamas. Ela não se conteve, saiu pelas ruas pregando com um crucifixo nas mãos. A notícia correu toda cidade, muitos foram estimulados na fé, e vários hereges se converteram. Com suas palavras confundia até os mais preparados. Por isto, representava uma ameaça para as autoridades locais.
Em 1250, o prefeito a condenou ao exílio. Rosa e seus pais foram morar em Soriano onde sua fama já havia chegado. Na noite de 5 de dezembro 1251, Rosa recebeu a visita de um anjo, que lhe revelou que o imperador Frederico II, uma semana depois, morreria. O que de fato aconteceu. Com isto, o poder dos hereges enfraqueceu e Rosa pode retornar a Viterbo. Toda a região voltou a viver em paz. No dia 6 de março de 1252, sem agonia, ela morreu.
No mesmo ano, o Papa Inocêncio IV, mandou instaurar o processo para a canonização de Rosa. Cinco anos depois o mesmo pontífice mandou exumar o corpo, e para a surpresa de todos, ele foi encontrado intacto. Rosa foi transladada para o convento das Irmãs Clarissas que nesta cerimônia passou a se chamar, convento de Santa Rosa. Depois desta cerimônia a Santa só foi "canonizada" pelo povo, porque curiosamente o processo nunca foi  promulgado. A canonização de Rosa ficou assim, nunca foi oficializada.. Mas também nunca foi negada pelo Papa e pela Igreja. Santa Rosa de Viterbo, desde o momento de sua morte, foi "canonizada" pelo povo.
Em setembro de 1929, o Papa Pio XI, declarou Santa Rosa de Viterbo a padroeira da Juventude Feminina da Ação Católica Italiana . No Brasil ela é A Padroeira dos Jovens Franciscanos Seculares. Santa Rosa de Viterbo é festejada no dia de sua morte, mas também pode ser comemorada no dia 4 de setembro, dia do seu translado para o mosteiro de Clarissas de Santa Rosa, em Viterbo, Itália.

Fonte: Paulinas

sábado, 3 de março de 2012

2° Domingo da Quaresma Ano B 2012









Estamos vivendo o tempo quaresmal e com ele o chamado a conversão e a aproximação de nossa vida numa maior intimidade com o Senhor. Não percamos tempo vamos ao encontro do infinito na busca de amar e regozijar em Deus, afinal, “Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário”. (Sl 26, 4). E todas as coisas do mundo só terá sentido se nos levar a este fim. Foi o que aconteceu com nosso Pai Abraão. Deus lhe concedeu uma benção de ter um filho na velhice e depois pede o filho em holocausto, isto é, em uma cerimônia de adoração a Deus.

Pelo texto Abraão não questiona Deus nem argumenta simplesmente vai fazer o que Deus ordenou. Será que Abraão ouviu a voz de Deus falando em seus ouvidos? Será que Deus escreveu em uma pedra ou no céu em letras garrafais? Ou Deus falou em seu coração e Abraão acreditou que aquela voz era Deus? Certamente Deus falou no silêncio de seu coração. Aqui cabe uma pausa. Como ouvir a voz de Deus e ter a certeza que foi Ele que falou? Isso exige uma vida de comunhão, de intimidade, de muitas horas de oração para não confundir com as interferências de nossas próprias paixões que nos arrasta a buscar nossos próprios interesses e colocar na “vontade de Deus” como na maioria das vezes acontece. Abraão simplesmente “foi” para realizar o ato pedido por Deus. A maturidade espiritual de Abraão é invejável, consagrou sua vida a Deus. Deus que se revelou a Ele como o único Deus e que fora d’Ele não existia outro Deus, e Abraão acreditou. Os outros povos tinham vários deuses e para todas as necessidades, mas Abraão, não. Deus é único. E passa a adorar esse Deus e com Ele trava uma relação de amizade, se consagra e busca servi-lo antes de tudo em sua vida. Ele confia mais no Senhor que em si mesmo e sabe Deus cuida de tudo e cuida também de sua vida, então somente faz o que Deus ordena, pois sabe que Ele tudo faz para que o melhor aconteça em sua vida. Não deveria ser assim em nossas vidas? Não deveríamos consagrar a Deus e nos despojar buscando fazer tudo o que Ele deseja, ou se não sabemos o que Ele quer, não deveríamos confiar cegamente em Deus tendo a certeza que, se mesmo que adentrássemos por caminhos errados, pensando estar certo, Ele interviria em nossa vida e nos recolocaria no caminho certo? Esta não é uma possibilidade na Vida de Abraão? Pensemos que Abraão entendeu errado a voz de Deus. Deus não o colocou no caminho certo? Na verdade nós confiamos mais em nós mesmos que em Deus e na maioria das vezes seguimos a Deus por interesse do que Ele pode nos dar.
Mas é hora de mudar. Olhe a palavra de Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”. Ele deu seu único filho para nos mostrar Sua face, Seu amor e provar que tudo faz para nossa felicidade. E deseja transfigurar nossa vida para que o Céu seja uma realidade em nosso dia-a-dia. O Céu começa aqui. Jesus é o Reino que acontece no hoje de nossa história. Quando olhamos a vida dos santos e vemos que entravam em êxtase numa relação com Deus e experimentavam a glória, quando olhamos São Paulo que subiu ao terceiro céu. Podemos ter a certeza que isso é para ser humano e não para Anjos, afinal eles nem precisam disso, somos nós seres humanos que necessitamos subir aos Céus e experimentar as “coisas do alto”. Por isso temos que almejar, desejar, lutar. Não fazemos isso em nossa vida: profissional, social, familiar? Não buscamos atingir objetivos em nossa vida e para isso renunciamos tantas coisas? Não trabalhamos dobrado, economizamos, e inventamos forma de ganhar mais dinheiro para adquirir um bem? E existe algum bem maior que a eternidade feliz junto com o criador? E o Reino de Deus começa agora Este momento é a glória. Pare, sinta, a eternidade está acontecendo. Este momento é eterno. Viva, mas na comunhão com o Senhor. É a glória de Deus resplandecendo.
Nossa caminhada não é para chegar à glória. Mas é para que a glória chegue a nós agora. É viver a glória agora. Na verdade nós nos disfarçamos e nos enrolamos distraindo com o mundo sem perceber que o mundo passa e quando chega à velhice nem temos força de abraçar o Eterno, pois é um eterno desconhecido. E a vida acaba...
Acorde... Almeje o Céu... Busque uma relação de transfiguração com o Senhor, afinal isso é para nós humanos.
O Céu está dentro de nós. Você é a glória de Deus, resplandeça.



Antonio Com Deus