terça-feira, 27 de julho de 2010

Santa Marta de Betânia


Dia de Santa Marta

Comemora-se 29 de julho


Hoje é o dia em que a igreja celebra a vida e o exemplo deixado por Santa Marta. Esta foi uma santa que viveu na época de Jesus, na cidade de Betânia. Ela acolheu Jesus em sua casa e tornou-se sua amiga, junto com seus irmãos Lázaro e Maria. Mas quando lemos as escrituras, quem rouba a cena é sempre Maria, a irmã de Marta! Uma vez por ter escolhido a melhor parte, enquanto Marta teria ficado com o trabalho; outra vez por ter tido mais sucesso que Marta no apelo para que Jesus ressuscitasse seu irmão Lázaro, morto há 4 dias. Mas no calendário litúrgico universal, somente Santa Marta tem um dia próprio para sua memória. Então fica a pergunta: Por que logo Santa Marta recebeu esse destaque da igreja? Marta passa a imagem daquela mulher trabalhadora, dona de casa, que tem prazer em receber as visitas e acolhê-las, desmanchando-se em cortesias. Ela é a típica mãezona das nossas cidades interioranas. Aqui no nordeste do Brasil está cheio de Martas espalhadas em todas as cidades. As cidades do estado de Minas Gerais também têm essa fama de pessoas acolhedoras e trabalhadoras. As casas dessas senhoras são impecáveis em matéria de limpeza e organização. Os enfeites na geladeira, na estante da sala, nas paredes... A comida deliciosa, feita na hora, e servida até a visita dizer que não agüenta mais comer... Só quem visita uma casa que tem uma "Marta" sabe o que é ser bem acolhido. A alegria de mulheres assim é ver que a sua ilustre visita se sente bem em sua casa. Esse é o maior prazer que ela pode sentir... No Evangelho, quando Marta pede que Jesus mande sua irmã Maria ajudá-la, Jesus deve ter dado aquele sorriso acolhedor para Marta, e as suas palavras devem ter sido bem mais amenas do que as escritas por Lucas... Jesus deve ter dito, com um sorriso: "Ô Marta, por que te preocupas tanto? Isso que você está fazendo é importante, mas vocês podem deixar pra fazer outra hora... Maria escolheu a melhor parte! Não a recrimine... Mais tarde ela vai lhe ajudar... Por enquanto, sente-se aqui conosco..." E Marta deve ter percebido que, de fato, estava deixando passar uma oportunidade rara de receber os ensinamentos do mestre Jesus, e deve ter se sentado para ouvi-lo. Não sabemos muito da Santa Marta "original", mas conhecemos bem as "santas Martas" que convivem em nosso meio. Mães, avós, tias, vizinhas, amigas, que nos acolhem tão bem em suas casas, por mais ingratos que sejamos... Elas apenas oferecem o que têm de melhor... E às vezes precisam ser lembradas que ainda mais importante do que deixar a casa impecável para recebê-lo, é preciso abrir a porta do coração para receber Jesus. Se não houvesse Marta, talvez Jesus nem tivesse sido convidado e acolhido na casa da contemplativa Maria e de Lázaro.


Rezemos a oração a Santa Marta:


Santa Marta de Betânia, hospedeira do Senhor, hoje o Povo da Aliança canta um hino em teu louvor. Tua casa foi o abrigo onde o Mestre repousou. No calor de um lar amigo, ele as forças renovou. Pão e vinho lhe serviste, quando tua irmã, Maria, vida eterna em alimento dos seus lábios recebia. Reclamastes a sua ausência junto a Lázaro doente, proclamando assim a fé no seu Verbo onipotente. Dele escutas a promessa: teu irmão ressurgirá. E proclamas: Tu és Cristo, Deus conosco em ti está. No milagre testemunhas seu poder e seu amor: teu irmão retorna à vida, à palavra do Senhor. Que possamos caminhar com Jesus, na fé ardente, e contigo contemplar sua face eternamente. Amém.



Jailson Ferreira


jailsonfisio@hotmail.com

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A voz de quem reza une-se à da Igreja, diz Papa




Pontífice comenta o Evangelho de domingo ao recitar o Angelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de julho de 2010 (ZENIT.org) – “Quem reza nunca está sozinho”, porque sua voz une-se à da Igreja. Foi o que afirmou Bento XVI neste domingo, ao introduzir a oração do Angelus com os peregrinos, no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo.
Referindo-se ao Evangelho deste dia, em que Jesus ensina aos seus discípulos a oração do Pai Nosso, o Papa destacou que se trata das “primeiras palavras da Sagrada Escritura que aprendemos desde crianças”. Palavras que “se imprimem na memória, moldam nossa vida, acompanham até o último suspiro”.
O Pai Nosso revela “que nós não somos filhos de Deus de maneira já completa, mas que devemos nos tornar seus filhos e sê-lo sempre mais mediante uma comunhão mais profunda com Jesus. Ser filhos se torna o equivalente a seguir Cristo”.
“Esta oração também acolhe e exprime as necessidades humanas materiais e espirituais: ‘dá-nos, a cada dia, o pão cotidiano, e perdoa-nos os nossos pecados’. E precisamente pelas necessidades e dificuldades de cada dia, Jesus exorta com vigor: ‘portanto, eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta’”.
Segundo o Papa, não se trata de “um pedido para satisfazer os próprios desejos, mas sim para manter viva a amizade com Deus, que – diz sempre o Evangelho – dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem”.
“Sempre que rezamos o Pai Nosso, a nossa voz se une à da Igreja, porque quem reza nunca está sozinho. Cada fiel deverá buscar e encontrará na oração cristã o próprio caminho, o próprio modo de rezar, e se deixará conduzir pelo Espírito Santo, que o levará, por meio de Cristo, ao Pai”, disse o Papa.

sábado, 24 de julho de 2010

Santa Brígida



João Paulo II
Carta apostólica Spes Aedificandi (a partir da trad. DC2213, 7/11/99)


Indicando Santa Brígida como co-Padroeira da Europa, desejo torná-la conhecida não só aos que receberam a vocação de uma vida de especial consagração, mas também aos que são chamados às naturais ocupações da vida laical no mundo e, sobretudo, à exímia e exigente vocação de formar uma família cristã.
Sem se deixar influenciar pelas condições de bem-estar do seu meio aristocrático, ela viveu com o marido Ulf uma experiência conjugal, onde o amor esponsal se uniu à oração intensa, ao estudo da Sagrada Escritura, à mortificação e à caridade. Juntos fundaram um pequeno hospital, onde frequentemente cuidavam dos enfermos. Brígida tinha também o hábito de servir pessoalmente os pobres. Ao mesmo tempo, era apreciada pelas suas qualidades pedagógicas, que teve ocasião de pôr em prática no período em que lhe foi pedido que servisse na Corte de Estocolmo. Desta experiência amadureceram os conselhos que, em diversas ocasiões, veio a dar aos príncipes e soberanos, para desempenharem correctamente as suas funções. Mas os primeiros a beneficiar de tudo isto foram certamente os seus filhos, e não é por acaso que uma das suas filhas, Catarina, é venerada como santa.
Depois da morte do esposo, ouviu a voz de Cristo que lhe confiou nova missão, guiando-a passo a passo com uma série de graças místicas extraordinárias. Com a força que é o eco dos antigos grandes profetas, ela falava com segurança a príncipes e pontífices, revelando os desígnios de Deus acerca dos acontecimentos históricos. Não poupou severas advertências, nem mesmo em matéria da reforma moral do povo cristão e do próprio clero. Nas terras escandinavas, pátria de Brígida, que estão separadas da plena comunhão com a Sé de Roma após os tristes acontecimentos do século XVI, a figura da Santa sueca permanece como um precioso elo ecuménico, também reforçado pelo esforço realizado neste sentido pela Ordem religiosa por ela fundada

domingo, 18 de julho de 2010

Homilia Homilia 16º Domingo do Tempo Comum Ano C: Por Pe. Adriano



Santuário de Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento


Peço-vos Senhor... não passeis adiante sem vos deterdes na casa de vosso servo (Gn 18,3)


Com que carinho e solicitude recebe Abraão aqueles três personagens, mal sabendo ele que recebia a própria Santíssima Trindade, ou melhor ele intuiu que era algo divino, que era algum extraordinário! Prostou-se por terra e teve ânsia de hospedar o Senhor que viu naqueles três Anjos. Abraão teve desejo de servir e conservá-lO junto de si. Providenciou água para lavar-lhes os pés e preocupou-se com o descanso, preparou alimento. Deus sentou-se à mesa do seu servo, porque teve acolhimento. Também no Evangelho, Jesus senta-se à mesa de seus amigos. Marta preocupou-se em preparar um banquete, semelhante a Abraão ao Filho de Deus. Maria, não se lembrou de comida, não porque não era necessário, mas se assentou aos pés do Mestre para contemplá-lO, ouvir as suas palavras. Embora sejam ótimas as intenções de Marta, e sua preocupação seja uma expressão de amor, Maria escolheu a melhor parte, a contemplação. Pe. Adriano dizia: muitos de vocês, vêem a missa e depois vão ao trabalho, ouvem a palavra que é necessidade absoluta, se alimentam do corpo de Cristo, e só então vão fazer a outra parte. Tais escolhas não são reservadas só ao Carmelo, aos contemplativos mas, a cada um de nós cristãos. São Paulo, enfrentou dificuldades, mas enfrentou tudo com fidelidade, exercendo o cargo que Deus lhe confiou. Enquanto o pe. falava, lembrei-me de um pensamento de Tereza de Ávila, que lera num PPS de uma amiga sobre a ação de graças após a Comunhão, que diz: “Não percamos tão boa ocasião de negociar com Deus! Ele não costuma pagar mal a hospedagem, se o recebemos bem”. A Abraão que era de idade avançada, e Sara estéril, Ele deu um Filho. A Marta e Maria que eram irmãs de Lázaro, Ele o ressuscitou. E a Paulo que enfrentou todas as dificuldades, para fazê-lo conhecido e salvar muitos, Ele o fez entender, que servindo a Ele, seja na dor ou no amor, Deus quis “manifestar como é rico e glorioso entre as Nações este mistério: a presença de Cristo em vós, a esperança na glória”.



sexta-feira, 16 de julho de 2010


Nossa Senhora do Carmo



A Sagrada Escritura celebra a beleza do Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a pureza da fé de Israel no Deus vivo. No século XII, alguns eremitas foram viver nesse monte e, mais tarde, constituíram uma Ordem de vida contemplativa sob o patrocínio da Santa Mãe de Deus, Maria.
Maria concebeu primeiro em seu espírito, e depois em seu corpo Uma virgem da descendência real de Davi foi escolhida para a sagrada maternidade; iria conceber um filho, Deus e homem, primeiro em seu espírito, e depois em seu corpo. E para evitar que, desconhecendo o desígnio de Deus, ela se perturbasse perante efeitos tão inesperados, ficou sabendo, no colóquio com o anjo, que era obra do Espírito Santo o que nela se realizaria. Maria, pois, acreditou que, estando para ser em breve Mãe de Deus, sua pureza não sofreria dano algum. Como duvidaria desta concepção tão original, aquela a quem é prometida a eficácia do poder do Altíssimo? A sua fé e confiança são ainda confirmadas pelo testemunho de um milagre anterior: a inesperada fecundidade de Isabel. De fato, quem tornou uma estéril capaz de conceber, pode também fazer com que uma virgem conceba.
Portanto, a Palavra de Deus, que é Deus, o Filho de Deus, que no princípio estava com Deus, por quem tudo foi feito e sem ela nada se fez (cf. Jo 1,2-3), a fim de libertar o homem da morte eterna, se fez homem. Desceu para assumir a nossa humildade, sem diminuir a sua majestade. Permanecendo o que era e assumindo o que não era, uniu a verdadeira condição de escravo à condição segundo a qual ele é igual a Deus; realizou assim entre as duas naturezas uma aliança tão admirável que, nem a inferior foi absorvida por esta glorificação, nem a superior foi diminuída por esta elevação.
Desta forma, conservando-se a perfeita propriedade das duas naturezas que subsistem em uma só pessoa, a humildade é assumida pela majestade, a fraqueza pela força, a mortalidade pela eternidade. Para pagar a dívida contraída pela nossa condição pecadora, a natureza invulnerável uniu-se à natureza passível; e a realidade de verdadeiro Deus e verdadeiro homem associa-se na única pessoa do Senhor. Por conseguinte, aquele que é um só mediador entre Deus e os homens (1Tm 2,5), como exigia a nossa salvação, morreu segundo a natureza humana e ressuscitou segundo a natureza divina. Com razão, pois, o nascimento do Salvador conservou intacta a integridade virginal de sua mãe; ela salvaguardou a pureza, dando à luz a Verdade.
Tal era, caríssimos filhos, o nascimento que convinha a Cristo, poder e sabedoria de Deus. Por este nascimento, ele é semelhante a nós pela sua humanidade, e superior a nós pela sua divindade. De fato, se não fosse verdadeiro Deus, não nos traria o remédio; se não fosse verdadeiro homem, não nos serviria de exemplo.
Por isso, quando o Senhor nasceu, os anjos cantaram cheios de alegria: Glória a Deus no mais alto dos céus, e anunciaram paz na terra aos homens por ele amados (Lc 2,14).
Eles vêem, efetivamente, a Jerusalém celeste ser construída pelos povos do mundo inteiro. Por tão inefável prodígio da bondade divina, qual não deve ser a alegria da nossa humilde condição humana, se até os sublimes coros dos anjos se rejubilam?


Dos Sermões, de São Leão Magno, papa
(Sermo 1 In Nativitate Domini, 2.3:PL54,191-192-Séc. V)





domingo, 11 de julho de 2010

Desceu do Céu


«Certo homem descia de Jerusalém para Jericó». Cristo [...] não disse: «Alguém descia», mas «certo homem descia», porque a passagem diz respeito a toda a humanidade. A mesma que, a seguir ao pecado de Adão, deixou a morada suprema, calma, sem sofrimento e maravilhosa do paraíso, chamada de pleno direito Jerusalém – nome que significa «paz de Deus» –, e desceu para Jericó, país rude e baixo, onde o calor é abrasador. Jericó é a vida febril deste mundo, a vida que nos separa de Deus. Uma vez que a humanidade se desviou do bom caminho para esta vida, o bando de demónios selvagens vem atacá-la como um bando de salteadores, que a despojam das vestes da perfeição, não lhe deixando nenhum vestígio da força de alma, nem da pureza, nem da justiça, nem da prudência, nem de nada do que caracteriza a imagem divina (Gn 1, 26); mas, batendo-lhe com as pancadas repetidas dos vários pecados, abatem-na e deixam-na por fim meia morta. [...]
A Lei dada por Moisés passou [...], mas faltou-lhe força, não conduzindo a humanidade a uma cura completa, não levantando a humanidade que jazia por terra. [...] É que a Lei oferecia sacrifícios e oferendas «que de modo algum podiam dar a perfeição àqueles que assistiam aos sacrifícios» porque «é impossível que o sangue dos touros e dos carneiros tire os pecados» (Heb 10, 1.4). [...]
Por fim passou um Samaritano. Cristo dá-Se a Si mesmo, o nome de Samaritano. Porque [...] é Ele mesmo que vem, realizando o desígnio da Lei e fazendo ver, pelas Suas obras, «quem é o próximo» e em que consiste «amar os outros como a si mesmo».


Comentário ao Evangelho de São Lucas 10,25-37 feito por :

São Severo de Antioquia (465-538), bispo
Homilia 89 (a partir da trad. de Lubac, Catholicisme, Le Cerf 1947 rev.)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (Madre Paulina)



Hoje a Igreja está em festa. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, canonizada há seis anos, é a primeira santa do País.
Nascida na Itália no dia 16 de dezembro de 1865, Amábile Lúcia Visintainer, imigrou para o Brasil, com sua família, aos 9 anos de idade, e foi morar na localidade de Vígolo - Nova Trento (SC), adotando o Brasil como sua pátria e os brasileiros como irmãos.
Em 12 de julho de 1890 com sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de Lúcia Angela Viviani, portadora de câncer, em fase terminal, num casebre doado por Beniamino Gallotti. Após a morte da enferma, em 1891, juntou-se a ela a segunda companheira Teresa Anna Maule.
Em 1894 o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, transferiu-se para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores: João Valle e Francisco Sgrott.
Em 1903, Santa Paulina foi eleita, pelas Irmãs, Superiora Geral, por toda a vida. Nesse mesmo ano, deixou Nova Trento para cuidar dos ex-escravos idosos e crianças órfãs, no Ipiranga, em São Paulo - SP. Recebeu apoio do Pe. Luiz Maria Rossi e ajuda de benfeitores em especial do conde Dr. José Vicente de Azevedo.
Em 1909 a Congregação cresce nos Estados de Santa Catarina e São Paulo. As Irmãs assumem a missão evangelizadora na educação, na catequese, no cuidado às pessoas idosas, doentes e crianças órfãs. Nesse mesmo ano, Santa Paulina é deposta do cargo de Superiora Geral pela autoridade eclesiástica e enviada para Bragança Paulista a fim de cuidar de asilados onde testemunha humildade heróica e amor ao Reino de Deus.
Em 1918, Santa Paulina é chamada à viver na Casa Geral onde testemunha uma vida de santidade e ajuda na elaboração da História da Congregação e no resgate do Carisma fundante. Acompanha e abençoa as Irmãs que partem em missão para novas fundações. Alegra-se com as que são enviadas aos povos indígenas em Mato Grosso, em 1934. Rejubila-se com o Decreto de Louvor dado pelo Papa Pio XI em 1933 à Congregação.
Santa Paulina morre aos 77 anos, na Casa Geral em São Paulo, dia 9 de julho de 1942, com fama de santidade; pois viveu em grau heróico as virtudes de fé, esperança e caridade e demais virtudes.
Foi beatificada no dia 18 de Outubro de 1991, em Florianópolis (SC) e canonizada no dia 19 de maio de 2002, em Roma, por João Paulo II.


Fonte: Blog cancaonova

terça-feira, 6 de julho de 2010


Após uma semana de abrigo no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, São Francisco acha melhor transferir Santa Clara para outro convento, chamado de Santo Angelo de Panço. Ali permanece também por pouco tempo, mas o tempo suficiente para receber sua pequena irmã de sangue Inês, que tinha apenas 14 anos de idade.Para desespero de seus parentes, quinze dias após a fuga de Santa Clara de casa, foge também Inês.

Ela se dirige a Santo Angelo e diz a Clara que deseja seguir o mesmo ideal. Poucas horas depois surgem furiosos seus parentes dispostos a arrancá-la de lá de qualquer maneira. Primeiro tentaram convencê-la com promessas e agrados. Como perceberam que não iam conseguir demovê-la de seu propósito, passaram a usam de violência. Batem-lhe e arrastam-na ladeira abaixo.Inês grita e pede o socorro de sua irmã, que se prosta e pede o auxílio divino para que não consigam levá-la embora. Então, subitamente Inês fica muito pesada e nem diversos homens conseguem carregá-la. Seu tio, irado, tenta dar-lhe um soco e sente uma dor tremenda em sua mão, a qual só passará muito tempo depois, sendo-lhe motivo de sofrimento por vários meses. Em sua frutação, abandona-a no chão e diz em voz alta: - “É impossível carregá-la, já que ficou toda a noite comendo chumbo!”

Depois que todos se afastam, Clara corre ao encontro de sua irmã que se encontra bastante arranhada e quase sem forças para se levantar. As duas retornam a Santo Angelo de Panço dando graças ao Senhor que ouviu suas preces.

Pouco tempo após, São Francisco fica sabendo do acontecido e parabeniza-a pela primeira luta empreendida no serviço de Cristo, trocando-lhe o nome de batismo, Catarina, e dando-lhe o nome de Inês (Agnes = Cordeiro).

Passados poucos dias elas são levadas por São Francisco para o Mosteiro de São Damião, restaurado pessoalmente por ele para as abrigar, e iniciam sua caminhada espiritual.

Em torno de quatro meses depois, ainda em 1212, junta-se a Clara e a Inês a amiga de sua mãe, Pacífica de Guelfúcio e, a partir daí, o grupo de Irmãs Pobres não pára de crescer.

domingo, 4 de julho de 2010

A caridade, alma da missão

Papa Bento XVI

Se não for orientada pela caridade, isto é, se não brotar de um profundo ato de amor divino, a missão corre o risco de se reduzir a uma mera atividade filantrópica e social. Com efeito, o amor que Deus nutre por cada pessoa constitui o coração da experiência e do anúncio do Evangelho e, por sua vez, quantos o acolhem tornam-se suas testemunhas.
O amor de Deus, que dá vida ao mundo, é o amor que nos foi concedido em Jesus, Palavra de salvação, ícone perfeito da misericórdia do Pai celeste. Assim, a mensagem salvífica poderia ser oportunamente resumida com as palavras do Evangelista João: «E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o Seu Filho unigénito para que, por Ele, tivéssemos a vida» (1 Jo 4, 9). O mandamento de difundir o anúncio deste amor foi confiado por Jesus aos Apóstolos depois da Sua ressurreição, e os Apóstolos, interiormente transformados no dia do Pentecostes pelo poder do Espírito Santo, começaram a dar testemunho do Senhor morto e ressuscitado. A partir de então, a Igreja continua esta mesma missão, que constitui para todos os fiéis um compromisso irrenunciável e permanente.