quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Santo estevão Martir 26/12/2913


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FESTA DE  SANTO ESTÊVÃO PROTOMÁRTIR

PAPA BENTO XVI

ANGELUS

Praça de São Pedro Sábado, 26 de Dezembro de 2009

Queridos irmãos e irmãs!

Com o coração ainda cheio de admiração e inundado pela luz que promana da gruta de Belém, onde com Maria, José e os pastores adoramos o nosso Salvador, hoje recordamos o diácono Santo Estêvão, o primeiro mártir cristão. O seu exemplo ajuda-nos a compreender em maior medida o mistério do Natal e testemunha-nos a maravilhosa grandeza do nascimento daquele Menino no qual se manifesta a graça de Deus, portadora de salvação para os homens (cf. Tt 2, 11). De fato, aquele que geme na manjedoura é o Filho de Deus feito homem, que nos pede para testemunhar com coragem o seu Evangelho, como fez Santo Estêvão o qual, cheio do Espírito Santo, não hesitou em dar a vida por amor do seu Senhor. Ele, como o seu Mestre, morre perdoando os próprios perseguidores e faz-nos compreender como a entrada do Filho de Deus no mundo dê origem a uma nova civilização, a civilização do amor, que não cede perante o mal e a violência e abate as barreiras entre os homens, tornando-os irmãos na grande família dos filhos de Deus.

Estêvão é também o primeiro diácono da Igreja, que fazendo-se servo dos pobres por amor de Cristo, entra progressivamente em plena sintonia com Ele e segue-o até ao dom supremo de si. O testemunho de Estêvão, como o dos mártires cristãos, indica aos nossos contemporâneos muitas vezes distraídos e desorientados, em quem devam depor a sua confiança para dar sentido à vida. De fato, o mártir é aquele que morre com a certeza de saber que Deus o ama e, nada antepondo ao amor de Cristo, sabe que escolheu a melhor parte. Configurando-se plenamente com a morte de Cristo, está consciente de ser germe fecundo de vida e de abrir no mundo veredas de paz e de esperança. Hoje, apresentando-nos o diácono Santo Estêvão como modelo, a Igreja indica-nos, de igual modo, no acolhimento e no amor aos pobres, um dos caminhos privilegiados para viver o Evangelho e testemunhar de modo credível aos homens o Reino de Deus que há de vir.

A festa de Santo Estêvão recorda-nos também os numerosos crentes, que em várias partes do mundo, são submetidos a provas e sofrimentos por causa da sua fé. Confiando-os à sua celeste proteção, empenhemo-nos em apoiá-los com a oração e a nunca faltar à nossa vocação cristã, pondo sempre no centro da nossa vida Jesus Cristo, que nestes dias contemplamos na simplicidade e na humildade do presépio. Invoquemos para esta finalidade a intercessão de Maria, Mãe do Redentor e Rainha dos Mártires, com a oração do Angelus.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Nossa Senhora de Guadalupe 12/12/2013


 

 
A voz da rola se escuta em nossa terra

Num sábado de mil e quinhentos e trinta e um, perto do mês de dezembro, um índio de nome Juan Diego, mal raiava a madrugada, ia do seu povoado a Tlatelolco, para participar do culto divino e escutar os mandamentos de Deus. Já amanhecia, quando chegou ao cerrito chamado Tepeyac e escutou que do alto o chamavam:

– Juanito! Juan Dieguito!

Subiu até o cimo e viu uma senhora de sobre-humana grandeza, cujo vestido brilhava como o sol, e que, com voz muito branda e suave, lhe disse:

– Juanito, menor dos meus filhos, fica sabendo que sou Maria sempre Virgem, Mãe do verdadeiro Deus, por quem vivemos. Desejo muito que se erga aqui um templo para mim, onde mostrarei e prodigalizarei todo o meu amor, compaixão, auxílio e proteção a todos os moradores desta terra e também a outros devotos que me invoquem confiantes. Vai ao Bispo do México e manifesta-lhe o que tanto desejo. Vai e põe nisto todo o teu empenho.

Chegando Juan Diego à presença do Bispo Dom Frei Juan de Zumárraga, frade de São Francisco, este pareceu não lhe dar crédito e respondeu:

– Vem outro dia, e te ouvirei com mais calma.

Juan Diego voltou ao cimo do cerro, onde a Senhora do céu o esperava, e lhe disse:

– Senhora, menorzinha de minhas filhas, minha menina, expus tua mensagem ao Bispo, mas parece que não acreditou. Assim, rogo-te que encarregues alguém mais importante de levar tua mensagem com mais crédito, porque não passo de um joão-ninguém.

Ela respondeu-lhe:

– Menor dos meus filhos, rogo-te encarecidamente que tornes a procurar o Bispo amanhã dizendo-lhe que eu própria, Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, é que te envio.

Porém no dia seguinte, domingo, o Bispo de novo não lhe deu crédito e disse ser indispensável algum sinal para poder-se acreditar que era Nossa Senhora mesma que o enviara. E o despediu sem mais aquela.

Segunda-feira, Juan Diego não voltou. Seu tio Juan Bernardino adoecera gravemente e à noite pediu-lhe que fosse a Tlatelolco de madrugada, para chamar um sacerdote que o ouvisse em confissão.

Juan Diego saiu na terça-feira, contornando o cerro e passando pelo outro lado, em direção ao Oriente, para chegar logo à Cidade do México, a fim de que Nossa Senhora não o detivesse. Porém ela veio a seu encontro e lhe disse:

– Ouve e entende bem uma coisa, tu que és o menorzinho dos meus filhos: o que agora te assusta e aflige não é nada. Não se perturbe o teu coração nem te inquiete coisa alguma. Não estou aqui, eu, tua mãe? Não estás sob a minha sombra? Não estás porventura sob a minha proteção? Não te 

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Do “Nicán Mopohua”, relato do escritor indígena do século dezesseis Dom Antônio Valeriano

(“Nicán Mopohua”, 12ª edición, Buena 

Prensa, México, D.F., 1971, p. 3-19.21)


domingo, 8 de dezembro de 2013

Solenidade da Imaculada Conceição de Maria 08/12/2013

 
 
 
 
 
 
 
Hoje comemoramos a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, A mais santa das mulheres
 
No dia 8 de dezembro, a Igreja celebra a solenidade da Imaculada Conceição, professando que a Mãe de Jesus foi concebida sem o pecado original, herança com que todos nascemos. A festa é celebrada no tempo litúrgico do Advento, de preparação para o Natal. Neste tempo, é importante lembrar-se também daquela que... foi escolhida por Deus para ser a mãe do Verbo Encarnado; o Filho de Deus vem até nós através de uma mulher.
 
CHEIA DE GRAÇA - Para ser a mãe de Cristo, Deus escolheu uma mulher santa e pura, cheia de graça. Por isso, como afirma o Concílio Vaticano II, na constituição “Lumen gentium”, Maria, “desde o primeiro instante de sua existência, é enriquecida com uma santidade surpreendente, absolutamente única.” (LG 56) É esse o mistério que celebramos no dia 8 de dezembro: para ser digna Mãe do Verbo, Deus preservou Maria do pecado original e a fez cheia de graça, a fez imaculada desde sua concepção.
 
REMIDA POR CRISTO - A doutrina da santidade original de Nossa Senhora se firmou inicialmente no Oriente, por volta do século VI ou VII, daí passou para o Ocidente. No século XIII, Duns Scott, teólogo franciscano de inteligência brilhante, defendia que Maria havia sido concebida sem o pecado original, afirmando que ela foi remida por Cristo como todas as pessoas humanas, mas antes de contrair o pecado original, em previsão dos méritos do Redentor que lhe são aplicados também.
DOGMA DE FÉ - Séculos mais tarde, o Papa Pio IX, com a bula “Ineffabilis Deus”, de 8 de dezembro de 1.854, proclamou o dogma da Imaculada Conceição: “Maria foi imune de toda mancha da culpa original desde o primeiro instante de sua concepção, em vista dos méritos de Cristo.” Quatro anos mais tarde, em 1.858, Nossa Senhora confirmava essa verdade. Aparecendo a Bernadete, na cidade francesa de Lurdes, apresentou-se: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
MODELO DE VIDA - A Mãe do Salvador se revela como exemplo de fé, de oração, de escuta da palavra divina, de amor doação. Nossa devoção deve sempre lembrar a moça que soube dizer sim ao chamado para ser mãe, que se deslocou por caminhos difíceis para servir sua prima Isabel, que na festa de Caná estava servindo e preocupada com a felicidade dos noivos. Maria é a pessoa simples, pobre, que pertencia aos excluídos de sua época. É a mulher firme na condução dos passos de seu Menino, forte ao pé da cruz, exultante na ressurreição de seu Filho.
 
MÃE DOS CRISTÃOS - Sua existência é uma plena comunhão com o Filho, uma entrega total a Deus. Ela é a mãe imaculada dos cristãos. Como afirma o Papa João Paulo II, Maria é “a primeira e a mais completa realização das promessas divinas. Sua espiritual beleza nos convida à confiança e à esperança. A Virgem toda pura e toda santa nos anima a preparar os caminhos do Senhor e a endireitar seus caminhos.”
CAMINHO PARA BELÉM - A celebração da Imaculada dentro do Advento – tempo de preparação para o Natal de Jesus Cristo – deve nos levar até o presépio de Belém, descobrindo a humildade e a pobreza de nosso Deus e de sua mãe, comprometendo-nos com os pobres e excluídos, os que tiveram o privilégio de receber primeiro o convite para irem adorar o Menino que nasceu.
 
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