segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores 27/02/2012








1838-1862


Francisco Possenti, nasceu no dia 1º de março de 1838 e foi ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com frequência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico.
Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa
Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos. Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália.
As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas.
Foi beatificado em 1908, e canonizado em 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.
São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, teve uma curta existência terrena, mas toda ela voltada para a caridade e evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi declarado copatrono da Ação Católica, pelo Papa Pio XI, em 1926 e padroeiro principal da região de Abruzzo, pelo Papa João XXIII, em 1959.
O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados da Itália e do mundo cristão. A figura atual deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o “Santo do Sorriso”, caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e se ligar à Deus e à Virgem Mãe.



A Igreja também celebra hoje os santos: Nicéforo, Leandro de Sevilha, Valdomiro e Besas.



Fonte: Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

domingo, 26 de fevereiro de 2012

1º Domingo da Quaresma Ano B As Tentaçôes de Jesus

 
 
 
 
 
 
As Tentações de Jesus!




O 1º Domingo da Quaresma nos apresenta todos os anos o mistério do jejum de Jesus no deserto, seguido das tentações (cf. Mc 1 ,12-15).



Quaresma é para nós um tempo forte de conversão e renovação em preparação à Páscoa. É tempo de rasgar o coração e voltar ao Senhor. Tempo de retomar o caminho e de se abrir à graça do Senhor, que nos ama e nos socorre. É um tempo sagrado para aprofundar o Plano de Deus e rever a nossa vida cristã. E nós somos convidados pelo Espírito ao DESERTO da Quaresma para nos fortalecer nas TENTAÇÕES, que freqüentemente tentam nos afastar dos planos de Deus.
A Quaresma comemora os quarenta dias que Jesus passou no deserto, como preparação para esses anos de pregação que culminam na CRUZ e na glória da Páscoa. Quarenta dias de oração e de penitência que, ao findarem, desembocam na cena que Marcos narra no cap. 1 ,12-15. É uma cena cheia de mistério, que o homem em vão pretende entender – Deus que se submete à tentação, que deixa agir o Maligno –, mas que pode ser meditada se pedirmos ao Senhor que nos faça compreender a lição que encerra.
É a primeira vez que o demônio intervém na vida de Jesus, e faz isto abertamente. Põe à prova Nosso Senhor; talvez queira averiguar se chegou a hora do Messias. Jesus deixa-o agir para nos dar exemplo de humildade e para nos ensinar – diz São João Crisóstomo –, quis também ser conduzido ao deserto e ali travar combate com o demônio a fim de que os batizados, se depois do batismo sofrem maiores tentações, não se assustem com isso, como se fosse algo de inesperado. Se não contássemos com as tentações que temos de sofrer, abriríamos a porta a um grande inimigo: o desalento e a tristeza.
A narrativa das tentações que Jesus sofreu mostra que Jesus “foi experimentado em tudo” (Hb 4, 15), comprovando também a veracidade da Encarnação do Verbo de Deus.
Diz Santo Agostinho que, na sua passagem por este mundo nossa vida não pode escapar à prova da tentação, dado que nosso progresso se realiza pela prova. De fato, ninguém se conhece a si mesmo sem ser experimentado, e não pode ser coroado sem ter vencido, e não pode vencer, se não tiver combatido e não pode lutar se não encontrou o inimigo e as tentações.
Por isso, a existência do ser humano nesta terra é uma batalha contínua contra o mal. É esta luta contra o pecado, a exemplo de Cristo, que devemos intensificar nesta Quaresma; luta que constitui uma tarefa para a vida toda.
O demônio promete sempre mais do que pode dar. A felicidade está muito longe das suas mãos. Toda a tentação é sempre um engano miserável! Mas, para nos experimentar, o demônio conta com as nossas ambições. E a pior delas é desejar a todo o custo a glória pessoal; a ânsia de nos procurarmos sistematicamente a nós mesmos nas coisas que fazemos e projetamos. Muitas vezes, o pior dos ídolos é o nosso próprio eu. Temos que vigiar, em luta constante, porque dentro de nós permanece a tendência de desejar a glória humana, apesar de termos dito ao Senhor que não queremos outra glória que não a dEle. Jesus também se dirige a nós quando diz: “Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás”. E é isto o que nós desejamos e pedimos: servir a Deus alicerçados na vocação a que Ele nos chamou.
O Senhor está sempre ao nosso lado, em cada tentação, e nos diz afetuosamente: “Confiai: Eu venci o mundo” (Jo16, 33). E com o salmista podemos dizer: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei?” (Sl 26, 1).
“Procuremos fugir das ocasiões de pecado, por pequenas que sejam, pois aquele que ama o perigo nele perecerá” (Eclo 3, 27). Como Jesus nos ensinou na oração do Pai Nosso: “Não nos deixeis cair em tentação”; é necessário repetir muitas vezes e com confiança essa oração!
Contamos sempre com a graça de Deus para vencer qualquer tentação. Usemos as armas para vencermos na batalha espiritual, que são: a oração contínua, a sinceridade com o diretor espiritual, a Eucaristia, o sacramento da Confissão (Penitência), um generoso espírito de mortificação cristã, a humildade de coração e uma devoção terna e filial a Nossa Senhora.
Na Quaresma somos todos chamados ao deserto, para um confronto conosco mesmos, com Deus e com o próximo e os bens materiais. Somos chamados a despojar-nos de nós mesmos para nos revestir de Deus.
Durante a Quaresma a Igreja, no Brasil, celebra a Campanha da Fraternidade, com o tema: Fraternidade e Saúde Pública, e o lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8)! Como discípulos missionários de Jesus Cristo, todos os cristãos católicos são convocados a promover a vida. Difundir a saúde é cuidar para que todos tenham vida, e a tenham em plenitude.
O cuidado com a saúde é uma exigência fundamental na vida. Zelar pela saúde não é apenas combater as doenças mas principalmente evitá-las. A saúde é dom de Deus, mas é também conquista humana. O zelo pela saúde é responsabilidade de cada pessoa e dever do Estado. A Igreja, através da Pastoral da Saúde, busca ser a voz sensibilizadora e denunciadora do descaso de muitas autoridades e órgãos governamentais onde conta o ter e o poder, onde a saúde é vista como mercadoria e as pessoas doentes com um peso para o Estado.

Por isso, é nossa missão amar, defender e proteger a vida desde a concepção até o seu declínio natural.

Boa Quaresma para todos!

“Que a saúde se difunda sobre a terra”!

Mons. José Maria Pereira







quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Início da Quaresma 22/02/2012





Quarta-feira de cinzas



Concedei-nos ó Deus todo poderoso, iniciar este Tempo da Quaresma, fazendo penitência, nos fortalecendo no combate do Mal. Dá-no o Teu Espírito.


Fixemos atentamente o olhar no sangue de Cristo e compreendamos quanto é preciso aos olhos de Deus seu Pai, esse sangue que, derramado para nossa salvação, ofereceu ao mundo inteiro a graça da penitência. Percorramos todas as épocas do mundo e verifiquemos que em cada geração o Senhor concedeu o tempo favorável da penitência a todos os que a ele quiseram converter-se. Noé proclamou a penitência , e todos que o escutaram foram salvos. Jonas anunciou a ruína aos ninivitas, mas eles fazendo penitência de seus pecados, reconciliaram-se com Deus por suas súplicas e alcançaram a salvação, apesar de não pertencerem ao povo de Deus.Inspirados pelo Espírito Santo, os ministros da graça de Deus pregaram a penitência. O próprio Senhor de todas as coisas também falou da penitência, com juramento: Pela minha vida, diz o Senhor, não quero a morte do pecador mas que mude de conduta (cf. Ez 33,11); e acrescentou esta sentença cheia de bondade: Deixa de praticar o mal, ó Casa de Israel! Dize aos filhos do meu povo: “Ainda que vossos pecados subam da terra até o céu, ainda que sejam mais vermelhos que o escarlate e mais negros que o cilício, se voltardes para mim de todo o coração e disserdes: ‘Pai’, eu vos tratarei como um povo santo e ouvirei as vossas súplicas” (cf. Is: 1,18; 63,16; 64,7; Jr 3,4; 31,9).Querendo levar à penitência todos aqueles que amava, o Senhor confirmou esta sentença com sua vontade todo-poderosa.Obedeçamos, portanto, à sua excelsa e gloriosa vontade. Imploremos humildemente sua misericórdia e benignidade. Convertamo-nos sinceramente ao seu amor. Abandonemos as obras más, a discórdia e a inveja que conduzem à morte.Sejamos humildes de coração, irmãos, evitando toda espécie de vaidade, soberba, insensatez e cólera, para cumprirmos o que está escrito. Pois diz o Espírito Santo : Não se orgulhe o sábio em sua sabedoria, nem o forte com sua força, nem o rico em sua riqueza; mas quem se gloria, glorie-se no Senhor, procurando-o praticando o direito e a justiça. (cf. Jr 9,22-23; 1 Cor 1,31)Antes de mais nada, lembremo-nos das palavras do Senhor Jesus, quando exorta à benevolência e à longanimidade: Sede misericordiosos, e alcançareis misericórdia ; perdoai, e series perdoados; como tratardes o próximo, do mesmo modo sereis tratados; daí, e vos será dado; não julgueis, e não sereis julgados; fazei o bem, ele também vos será feito; com a medida com que medirdes, vos será medido (cf. Mt 5,7; 6,14; 7,1.2).Observamos fielmente este preceito e estes mandamentos, a fim de nos conduzirmos sempre, com toda humildade, na obediência às suas santas palavras. Pois eis o que diz o texto sagrado: Para quem hei de olhar, senão para o manso e humilde, que tremo ao ouvir minhas palavras? (cf. Is 66,2). Tendo assim participado de muita, grandes e gloriosas ações, corramos novamente para a meta que nos foi proposta desde o início: a paz. Fixemos atentamente nosso olhar no Pai e Criador do universo e desejemos com todo ardor seus dons de paz e seus magníficos e incomparáveis benefícios.



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por

Da Cartas aos Coríntios, de São Clemente I, papa.



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ordem dos Servitas 17/02/2012





Louvemos os homens gloriosos



Houve sete homens, dignos de muita reverência e honra, que Nossa Senhora reuniu como sete estrelas, para dar início, com a sua fraterna união de alma e de corpo, à Ordem sua e dos seus servos.
Quando entrei na nossa Ordem, já não encontrei vivo nenhum deles, a não ser o Irmão Aleixo. Quis Nossa Senhora conservar o Irmão Aleixo livre de morte corporal até aos nossos dias, para que de sua viva voz pudéssemos conhecer a origem da nossa Ordem. Como pude verificar por experiência e com os meus próprios olhos, a vida deste Irmão Aleixo não só servia de exemplo a todos os que o rodeavam, mas também era um testemunho vivo do estado de perfeição e profunda religiosidade com que ele e os seus irmãos tinham iniciado a mencionada Ordem.
No estado de vida destes sete varões, antes de terem iniciado a vida em comum, quero realçar quatro aspectos.
Em primeiro lugar, no que respeita à sua inserção na Igreja. Alguns não se tinham casado, por estarem decididos a guardar a virgindade ou castidade perfeita; outros estavam ligados pelo vínculo do matrimónio; outros finalmente, estavam já livres do matrimónio por morte da mulher.
Em segundo lugar, no que respeita ao bem-estar dos cidadãos. Exerciam a profissão de mercadores, e compravam e vendiam bens terrenos. Mas quando encontraram a pérola preciosa, isto é, a nossa Ordem, não só deram aos pobres tudo o que possuíam, mas a si próprios se ofereceram com ânimo alegre a Deus e à Senhora, para fielmente os servirem.
O terceiro aspecto é o que respeita à reverência e honra de Nossa Senhora. Havia então em Florença uma certa irmandade, fundada já há muito tempo, em honra da Virgem Maria, a qual, pela sua antiguidade, pelo número dos seus aderentes e pela santidade dos homens e mulheres que a constituíam, tinha posição de relevo no meio das outras, e por isso se chamava Congregação Maior de Nossa Senhora. Como membros especialmente devotos de Nossa Senhora, estes sete homens faziam parte dessa Congregação antes de se reunirem em comunidade.
O quarto aspecto diz respeito à perfeição da sua alma. Amavam a Deus sobre todas as coisas e, orientando para Ele tudo o que faziam, honravam-n’O em todos os pensamentos, palavras e obras.
Quando se decidiram com firme propósito a reunir-se em comunidade, sob a inspiração divina, especialmente chamados por Nossa Senhora, dispuseram da casa e da família, deixando a esta o necessário, e distribuíram o resto pelos pobres. Depois procuraram homens de bom conselho e de vida exemplar, e puseram-nos a par do seu projecto.
Subiram ao Monte Senário, construíram no alto uma pequena casa e para lá foram viver juntos. Aí começaram a pensar não só na própria santificação, mas também na possibilidade de agregar outros membros e fazer crescer a nova Ordem que Nossa Senhora tinha iniciado por meio deles. E tomando a resolução de acolher novos irmãos, receberam alguns que se lhes queriam juntar, e assim erigiram a nossa Ordem. É a Nossa Senhora que se deve principalmente este edifício, fundado na humildade dos nossos irmãos, construído na sua concórdia e conservado na pobreza.

Fonte: Liturgia das horas

 Da Legenda da origem da Ordem dos Servos de Maria




terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

São Cirilo e São Metódio 14/02/2012





Metódio e Cirilo nasceram na Macedônia e foram irmãos unidos pelo sangue, pela fé, pela vocação apostólica e até pela morte. Metódio nasceu em 815 e Cirilo em 826. Metódio, ainda jovem, foi nomeado governador da província da Macedônia Inferior, onde estavam estabelecidos os eslavos. Cirilo, também ainda jovem, foi levado a estudar em Constantinopla, capital do então Império Bizantino, onde se formou. Posteriormente lecionou filosofia e foi diplomata junto aos árabes. Com trinta e oito anos, Metódio abandonou a carreira política e se tornou monge, sendo seguido pelo irmão poucos anos depois. A missão apostólica dos dois irmãos começou em 861, quando foram enviados numa missão de conversão dos povos eslavos, de quem ambos tinham aprendido a língua e os costumes. Sua evangelização gerou muitos frutos porque souberam adaptar os rituais e ensinamentos cristãos à cultura e à língua eslavas, traduzindo para aquele idioma as Sagradas Escrituras e os textos litúrgicos. Assim o povo podia rezar, cantar e ler tudo em sua própria língua. Foi justamente isso que gerou revolta contra os evangelizadores. Na época, os textos sagrados só existiam em grego ou latim, não podiam ser traduzidos. Muitos religiosos ficaram contra o trabalho de Metódio e Cirilo. Os dois foram então chamados a Roma, onde conseguiram o apoio papal, tiveram os livros que haviam traduzido abençoados e, depois, encontraram a morte. Cirilo seria sagrado bispo, mas chegou doente da missão, teve a doença agravada com a viagem e acabou falecendo antes disso, aos quarenta e dois anos de idade. Metódio voltou para a missão, mas, numa segunda viagem a Roma, em 885, quando teve que defender pessoalmente outra vez o seu trabalho de “adaptação da Fé à cultura local”, acabou por morrer também. Ambos foram proclamados patronos da Europa, ao lado de São Bento, pelo Papa João Paulo II.


Fonte: Internet

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Nossa Senhora de Lourdes 11/02/2012








Dóceis ao convite de vossa voz maternal, Ó Virgem Imaculada de Lourdes, acorremos a vossos pés junto da humilde gruta onde vos dignastes aparecer para indicar aos que se extraviam, o caminho da oração e da penitência, e para dispensar aos que sofrem, as graças e os prodígios da vossa soberana bondade.

Recebei, Rainha compassiva, os louvores e as súplicas que os povos e as nações oprimidos pela amargura e pela angústia elevam confiantes a vós. Ó resplandecente visão do paraíso, expulsai dos espíritos - pela luz da fé - as trevas do erro. Ó místico rosário com o celeste perfume da esperança, aliviai as almas abatidas. Ó fonte inesgotável de água salutar com as ondas da divina caridade, reanimai os corações áridos.
Fazei que todos nós, que somos vossos filhos por vós confortados em nossas penas, protegidos nos perigos, sustentados nas lutas, nos amemos uns aos outros e sirvamos tão bem ao vosso doce Jesus que mereçamos as alegrias eternas junto a vosso trono no céu. Amém.



 Fonte: Oração composta pelo Papa Pio XII



Santa Escolástica 10/02/2012










Fonte: Dos Diálogos de São Gregório Magno, papa



Foi mais poderosa aquela que mais amou Escolástica, irmã de São Bento, consagrada ao Senhor onipotente desde a infância, costumava visitar o irmão, uma vez por ano. O homem de Deus descia e vinha encontrar-se com ela numa propriedade do mosteiro, não muito longe da porta.
Certo dia, veio ela como de costume, e seu venerável irmão com alguns discípulos foi
ao seu encontro. Passaram o dia inteiro a louvar a Deus e em santas conversas, de tal modo que já se aproximavam as trevas da noite quando sentaram-se à mesa para tomar a refeição. Como durante as santas conversas o tempo foi passando, a santa monja rogou-lhe:
“Peço-te, irmão, que não me deixes esta noite, para podermos continuar falando até de
manhã sobre as alegrias da vida celeste”. Ao que ele respondeu-lhe: “Que dizes tu, irmã? De modo algum posso passar a noite fora da minha cela”.
A santa monja, ao ouvira recusa do irmão, pôs sobre a mesa as mãos com os dedos
entrelaçados e inclinou a cabeça sobre as mãos para suplicar o Senhor onipotente.
Quando levantou a cabeça, rebentou uma grande tempestade, com tão fortes
relâmpagos, trovões e aguaceiro, que nem o venerável Bento nem os irmãos que haviam
vindo em sua companhia puderam pôr um pé fora da porta do lugar onde estavam.
Então o homem de Deus, vendo que não podia regressar ao mosteiro, começou a
lamentar-se,dizendo: “Que Deus onipotente te perdoe, irmã! Que foi que fizeste?” Ela
respondeu: “Eu te pedi e não quiseste me atender. Roguei ao meu Deus e ele me ouviu.
Agora, pois, se puderes, vai-te embora; despede-te de mim e volta para o mosteiro”.
E Bento, que não quisera ficar ali espontaneamente, teve que ficar contra a vontade.
Assim, passaram a noite toda acordados, animando-se um ao outro com santas
conversas sobre a vida espiritual. Não nos admiremos que a santa monja tenha tido mais poder do que ele: se, na verdade, como diz São João, Deus é amor (1Jo 4,8), com justíssima razão, teve mais poder aquela que mais amou. Três dias depois, estando o homem de Deus na cela, levantou os olhos para o alto e viu a alma de sua irmã liberta do corpo, em forma de pomba, penetrar no interior da morada
celeste. Cheio de júbilo por tão grande glória que lhe havia sido concedida, deu graças a
Deus onipotente com hinos e cânticos de louvor; enviou dois irmãos a fim de trazerem o
corpo para o mosteiro, onde foi depositado no túmulo que ele mesmo preparara para si.
E assim, nem o túmulo separou aqueles que sempre tinham estado unidos em Deus.







quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Santa Veridiana








No primeiro dia de fevereiro de 1242, de repente, todos os sinos do Castelfiorentino em Florença, Itália, começaram a repicar simultaneamente. Quando os moradores constataram que tocavam sozinhos, sem que ninguém os manuseassem, tudo ficou claro, porque eles anunciavam a morte de Veridiana.
Nasceu em 1182, ali mesmo nos arredores da cidade que amou e onde viveu quase toda sua existência, só que enclausurada numa minúscula cela, de livre e espontânea vontade. Pertencente a uma família nobre e rica, os Attavanti, Veridiana levou uma vida santa, que ficou conhecida muito além das fronteiras de sua terra; e que lhe valeu inclusive a visita em pessoa, de seu contemporâneo Francisco de Assis, que a abençoou e admitiu na Ordem Terceira, em 1221. A fortuna da família, embora em certa decadência, Veridiana sempre utilizou em favor dos pobres. Um dos prodígios atribuídos à ela, mostra bem o tamanho de sua caridade. Consta que certa vez um dos seus tios, muito rico, deixou à seus cuidados grande parte de seus bens, que eram as colheitas de suas terras.
A cidade atravessava uma época terrível de carestia e fome, seu tio nem pensou em auxiliar os necessitados, era um mercador e como tal aproveitando-se da miséria reinante. Durante algum tempo procurou vender grande parte desses víveres, o que conseguiu por um preço elevado, obtendo grande lucro. Mas, ao levar o comprador para retirar o material vendido, levou um susto, suas despensas estavam completamente vazias. Veridiana tinha distribuído tudo aos pobres. O tio comerciante ficou furioso, pediu um prazo de 24 horas ao comprador e ordenou a Veridiana que solucionasse o problema, já que fora a causadora dele. No dia seguinte, na hora marcada, as despensas estavam novamente cheias, e o negócio pode se concretizar. Veridiana após uma peregrinação ao túmulo de Tiago em Compostela, Espanha, diga-se um centro de peregrinação tão requisitado quanto Roma o é pelos túmulos de São Pedro e São Paulo, ao retornar se decidiu pela vida religiosa e reclusa. Para que não se afastasse da cidade, seus amigos e parentes construíram então uma pequena e desconfortável cela, próxima ao Oratório de Santo Antônio, onde ela viveu 34 anos de penitência e solidão. A cela possuía uma única e mínima janela, por onde ela assistia à missa e recebia suas raras visitas e refeições, também minúsculas, suficientes apenas para que não morresse de fome. O culto de Santa Veridiana foi aprovado pelo papa Clemente VII no ano de 1533. Ela também se tornou protetora do presídio feminino de Florença




Fonte: Internet