terça-feira, 26 de julho de 2011

São Joaquim e Sant'Ana



São Joaquim e Sant'Ana



Joaquim e Ana foram os pais da Virgem Maria (Luc 3:23). Joaquim nasceu em Nazaré, e casou-se com Ana quando ele era jovem.
Era um rico fazendeiro e possuía grande rebanho.
Como não tivessem filhos durante anos, Joaquim era considerado inútil perante Deus. Um dia o padre recusou uma oferenda de Joaquim e ele foi para o deserto, jejuou e rezou por 40 dias. Ana orava quando um anjo disse a ela que Deus atenderia as suas preces e o filho que teriam, seria louvado por todo o mundo. Ana respondeu; "Se Deus vive e se eu conceber um filho ou filha eu servirei a Ele toda a minha vida".
Ela pensava que Joaquim a havia abandonado. Ana e Joaquim se encontraram em um local chamado Portão de Ouro. Santa Ana deu a luz a Maria quando ela tinha 40 anos. Ana cumpriu a sua promessa e ofereceu Maria a serviço de Deus, quando ela tinha 3 anos.
A festa de São Joaquim e Santa Ana é comemorada no dia 26 de julho.

domingo, 24 de julho de 2011

O reino do Céu



«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro»
É lógico que o fim de todos os nossos desejos, isto é, a vida eterna, seja indicado no fim de tudo o que nos é dado a crer no Credo, com estas palavras: «A vida eterna. Ámen.» [...] Na vida eterna acontece a união do homem com Deus [...], o louvor perfeito [...] e a perfeita saciedade dos nossos desejos, pois cada bem-aventurado ainda possuirá mais do que esperava e pensava. Nesta vida ninguém pode saciar os seus desejos; nunca nada criado poderá saciar os desejos do homem. Só Deus sacia, e fá-lo infinitamente. É por isso que só podemos repousar em Deus, como disse santo Agostinho: «Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto até que repouse em Ti». Uma vez que, na pátria, os santos possuirão a Deus de um modo perfeito, é evidente que, não apenas o seu desejo será saciado, mas ainda transbordará de glória. É por isso que o Senhor diz: «Entra no gozo do teu Senhor» (Mt 25,21). E Santo Agostinho diz, a esse respeito: «Não é que toda a alegria entrará naqueles que se alegram, mas que aqueles que se alegram entrarão inteiramente na alegria». Diz um salmo: «Quero contemplar-Te no santuário, para ver o Teu poder e a Tua glória» [63 (62),3], e outro: «Ele satisfará os desejos do teu coração» [Sl 37 (36),4]. [...] Porque, se desejamos as delícias, é aí que encontraremos a satisfação suprema e perfeita, pois ela consistirá no bem soberano que é o próprio Deus: «delícias eternas, à Tua direita» [Sl 17 (16),11].
São Tomás de Aquino









sexta-feira, 22 de julho de 2011

São Tiago Maior 25/07



Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia, escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre citado entre os quatro primeiros junto com Pedro, André e seu irmão mais novo João. Aportuguesado para Santiago, significando a junção dos termos São + Tiago, também é conhecido como o Apóstolo ambicioso. Também pescador e filho de Zebedeu e de Salomé, estava com o irmão nas margens do lago Genesaré, quando Jesus os chamou. Testemunhou a ressurreição da filha de Jairo

(Mc 5,37), a transfiguração (Mc 9,2-13) e a agonia de Jesus no horto do Getsêmani (Mc 14,32). De acordo com Isidoro de Sevilha, em De vita et obitu Sanctorum (71, Vida e morte dos Santos), após a ascensão de Jesus, teria evangelizado a Espanha, tornando-se seu primeiro evangelizador e depois seu patrono. Para revigorar esta tradição, no século IX o bispo Teodomiro, da cidade de Iria, afirmou ter reencontrado as relíquias do apóstolo e desde aquela época, a cidade que depois mudaria o nome para Santiago de Compostela, tornou-se importante meta de peregrinações, especialmente durante a Idade Média. Conta-se também que após a morte de Jesus, permaneceu em Jerusalém com Pedro. Foi preso juntamente com Pedro, e decapitado por ordem do rei Herodes Agripa (At 12,2), depois da execução de Estêvão (35), diácono grego e exaltado pregador cristão e personagem de grande importância na história de Paulo de Tarso. Foi, portanto, o primeiro mártir entre os apóstolos de Cristo, o primeiro a dar a vida pela Fé. Sua festa votiva é em 25 de julho.

Santa Madalena 22/07




Natural de Mágdala, na Galileia, Maria Madalena foi contemporânea de Jesus Cristo, tendo vivido no Século I. O testemunho de Maria Madalena é encontrado nos quatro Evangelhos:
"Os doze estavam com ele, e também mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças. Maria, dita de Mágdala, da qual haviam saído sete demônios..." (Lc 8,1-2).
Após ter sido curada por Jesus, Maria Madalena coloca-se a serviço do Reino de Deus, fazendo um caminho de discipulado, de seguimento a Nosso Senhor no amor e no serviço. E este amor maduro de Maria Madalena levou-a até ao momento mais difícil da vida e da missão de Nosso Senhor, permanecendo ao lado d'Ele:
"Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena" (Jo 19,25).
Maria Madalena foi a primeira testemunha da Ressurreição de Jesus:
"Então, Jesus falou: 'Maria!' Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: 'Rabûni!' (que quer dizer: Mestre)" (Jo 20,16).
A partir deste encontro com o Ressuscitado, Maria Madalena, discípula fiel, viveu uma vida de testemunho e de luta pela santidade.
Existe também uma tradição de que Maria Madalena, juntamente com a Virgem Maria e o Apóstolo João, foi evangelizar em Éfeso, onde depois veio a falecer nesta cidade.
O culto à Santa Maria Madalena no Ocidente propagou-se a partir do Século XII.
Santa Maria Madalena, rogai por nós!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

São Boaventura 15 de julho



São Boaventura nasceu em Bagnorea, atualmente Bagnoregio, no ano de 1218. Tinha preferência pela Ordem fundada por São Francisco ingressou na Ordem, os filhos de São Francisco, à semelhança dos dominicanos, já estabelecido em Paris, Osford, Cambridge, Estrasburgo e outras universidades européias.
Um dia, Frei Egídio em sua simplicidade indagou ao Frei Boaventura como poderia salvar-se, se desconhecia a ciência teológica, que respondeu-lhe: "Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-lo, isso basta... Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia."
São Boaventura foi discípulo de Alexandre de Hales, em Paris, permanecendo nessa cidade inicialmente como professor de teologia e posteriormente como ministro geral dos Frades Menores,tendo sido eleito para este cargo com apenas trinta e seis anos de idade. Recusou a consagração episcopal várias vezes por humildade, mais foi eleito cardeal recebendo a sede de Albano Laziale.
São Tomás de Aquino e São Boaventura foram convidados pelo Papa Gregório X a prepararem o segundo Concílio de Lião, mas São Tomás de Aquino faleceu alguns meses antes da abertura do concílio que aconteceu em 7 de maio de 1274. A caridade é o fundamento da doutrina teológica que Frei Boaventura ensinou com sua palavra e escritos. O livro "O intinerário da mente para Deus" esta entre seus livros mais conhecidos.
Sempre colocava em seus escritos: Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circuspeção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humanidade, o estudo sem a graça."

São Boaventura morreu no dia 15 de Julho do ano de 1274.

domingo, 3 de julho de 2011

São Tomé Apóstolo 03/07



São Tomé foi um dos doze apóstolos de Jesus. Era israelita. O seu nome consta na lista dos quatro evangelistas. O Evangelho de São João dá-lhe grande destaque. Em João 11,16, ele incita os discípulos a seguir Jesus e a morrer com ele na Judéia: "Tomé, chamado Dídimo, disse então aos discípulos: 'Vamos também nós, para morrermos com ele!'"
É ele que pergunta a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o caminho que conduz ao Pai: Tomé lhe diz: 'Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?' Diz-lhe Jesus: 'Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim'" (João 14,5-6). Tomé encontrou Jesus Ressuscitado (João 21,2). Temperamento audacioso e cheio de generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente Deus e Senhor. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco!". Disse depois a Tomé: "Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!" Respondeu-lhe Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!"

(João 20,26-28).
Com este ato de fé e de amor a Jesus apagou a sua dureza e deixou à Igreja a melhor jaculatória: "Mais nos serviu para a nossa fé, diz S. Gregório Magno, a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos fiéis" Felizes os que acreditamos sem ter visto, só em virtude da palavra dos que viram!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Memória do Imaculado Coração de Maria




Celebramos neste sábado imediatamente a seguir à festa do Sagrado Coração de Jesus a memória ou solenidade do Imaculado Coração de Maria.
A leitura do Evangelho de São Lucas, que escutámos na narração desse episódio da perda e encontro de Jesus no templo, quando tinha doze anos, diz-nos que Maria guardava todos estes acontecimentos no seu coração. Já antes e neste mesmo Evangelho, aquando da apresentação de Jesus no templo, se fala do coração de Maria, um coração que será trespassado por uma espada para que se conheçam todos os pensamentos dos corações. O coração de Maria é assim um lugar da memória, mas também um lugar de revelação.
Contudo, se hoje celebramos o coração imaculado de Maria é porque antes de mais ele foi aquele coração puro de que Jesus fala nas bem-aventuranças, esse coração puro que será capaz de ver a Deus. Maria é a encarnação dessa bem-aventurança e por isso hoje a podemos chamar imaculada, podemos dizer e louvar o seu coração imaculado.
E mais, o coração puro de Maria permitiu-lhe não só ver a Deus como promete a bem-aventurança, mas que esse mesmo Deus se fizesse homem no seu seio, encarnasse na sua carne humana e recebesse o sangue da vida desse coração puro. Deus faz-se homem na carne de Maria pela pureza do seu coração.
Esta pureza permite-lhe também a atenção para com o outro, a preocupação pelo filho que se perdeu na grande cidade, pela prima Isabel que está adiantada na gravidez e necessita a sua ajuda, pelos jovens noivos que ficam sem vinho a meio das suas bodas nupciais. A pureza de coração permite ver a Deus mas permite também ver a face de Deus nos outros, Deus presente no coração de cada homem e cada mulher, em cada um dos nossos irmãos e nas suas necessidades mais prementes.
E aqui nasce para nós o grande desafio, pois não só somos convidados pela pureza de Maria a procurar e a lutar pela pureza do nosso coração, para podermos ver a Deus, mas também a procurar ver os outros de uma forma pura, de coração puro, sem preconceitos nem sobranceria. Necessitamos um coração puro para ver o outro como ele verdadeiramente é, na sua pureza de coração.
É um exercício difícil mas inevitável e profundamente necessário. Para tal realidade e necessidade já nos alertam os grandes místicos da Igreja Oriental, os Padre do Deserto e o dominicano Mestre Eckhart. Necessitamos purificar o nosso coração de toda e qualquer imagem, de todo e qualquer objecto, que nos possa distrair da verdadeira realidade de Deus e afinal da realidade do outro. Necessitamos afinal de um coração puro, um coração virgem, sem imagens nem possessões para que Deus se possa revelar como verdadeiramente é e o outro também como quer que seja.
Peçamos ao Senhor a graça desta pureza porque só pelas nossas forças ela é impossível de alcançar, uma vez que somos intrinsecamente afectos à imagem e aos frutos da imaginação. Peçamos ao Senhor a graça da pureza do coração para o podermos ver como verdadeiramente é e como verdadeiramente são os nossos irmãos.


Publicada por Frei José Carlos Lopes Almeida, OP em 23:58

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus



A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é uma das expressões mais difundidas da piedade eclesial, tal como refere recentemente o “Directório sobre a Piedade Popular e a Liturgia” da Congregação para o Culto Divino. Os Pontífices romanos têm salientado constantemente o sólido fundamento na Sagrada Escritura desta maravilhosa devoção. Como conseqüência das aparições de Nosso Senhor a Santa Margarida Maria Alacoque no mosteiro de Paray-le-Monial a partir de 1673, este culto teve um incremento notável e adquiriu a sua feição hoje conhecida. Nenhuma outra comunicação divina, fora as da Sagrada Escritura, receberam tantas aprovações e estímulos da parte do Magistério da Igreja como esta.
Entre os documentos mestres nesta matéria encontramos a encíclica de Pio XII, Haurietis aquas, de 15 de Maio de 1956. Pio XII salienta que é o próprio Jesus que toma a iniciativa de nos apresentar o Seu Coração como fonte de restauração e de paz: “Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mt. 11, 28-30)
Não é por acaso que as aparições a Santa Margarida Maria deram-se num momento crucial em que se pretendia afirmar secularização e que a devoção ao Sagrado Coração apareceu sempre como o mais característico de todos os movimentos que resistiram à descristianização da sociedade moderna.


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