sábado, 22 de janeiro de 2011

Santa Inêz 21/ 01/2011


“...combate o bom combate da fé, conquista vida eterna para a qual foste chamado e da qual fizeste solene profissão diante de muitas testemunhas” (1 Tm, 6, 12).

Inês nasceu em Roma, descendente de nobres cristãos. Logo que soube avaliar a excelência da pureza virginal, ofereceu-se a Deus.
Jovem, de beleza encantadora, Inês era cortejada e disputada pelos melhores pretendentes de Roma. Recusou até mesmo o pedido de casamento feito pelo filho do prefeito da cidade, alegando seu compromisso como esposa de Jesus Cristo.
O magistrado imperial procurou persuadi-la a negar Cristo. Inês não cedeu em sua fé, o que fez aumentar a ira do magistrado, que, ameaçando-a de morte, mostrou-lhe os instrumentos de tortura.
Nem mesmo tais ameaças intimidaram Inês, e ela com coragem e determinação declarou:
“Jesus Cristo vela sobre a vida e a pureza de sua esposa e não permitirá que lha roubem. Ele é o meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu sangue, nunca, porém, conseguiras profanar o meu corpo, que é consagrado a Cristo”.
Foi arrastada brutalmente ao lugar onde se achavam as imagens dos deuses e intimada a queimar incenso. A jovem Inês levanta os olhos aos céus e faz o sinal da cruz.
No auge de seu furor, o magistrado encaminha Inês a uma casa de prostituição. Ninguém ousou tocar em nossa jovem, pois todos que dela se aproximavam saíam extasiados com seu olhar divinal.
Sem saber o que fazer e já humilhado por suas derrotas, o magistrado ordena que Inês seja decapitada. Nossa jovem encheu-se de júbilo. Ajoelhada e com a cabeça inclinada em adoração ao Senhor, é golpeada de morte e todos os presentes soluçam de dor.
Santa Inês completou o martírio em 21 de janeiro de 304, tendo apenas a idade de 13 anos.
Do nome Inês há duas interpretações, a grega e a latina. Inês em grego é hagne, isto é, pura; em latim, agna, significa “
cordeirinho”. Dois dias depois de sua morte, a mártir apareceu a seus pais, acompanhada de um grupo de virgens, tendo a seu lado um cordeirinho. No dia de sua festa, 21 de janeiro, todos os anos, os cônegos de São João do Latrão, que servem na Basílica de Santa Inês, fora dos muros, oferecem ao Papa dois cordeiros, para que depois de benzidos, sejam tosquiados e com a lã sejam confeccionados os pálios dos arcebispos.
A castidade deve ser sempre encarada como uma opção de vida; a opção por um amor maior e mais abrangente, um amor sem limites e sem fronteiras!
Santa Inês é cantada na ladainha de todos os santos.

Fonte: Internet

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Batismo de Jesus

A efusão do Espírito Santo

Tendo o Criador do Universo decidido restaurar todas as coisas em Cristo,dentro da mais admirável e perfeita ordem e restituir à natureza humana sua condição original, prometeu, junto com os outros dons que daria copiosamente, o Espírito Santo. Pois, de outro modo o homem não poderia ser reintegrado na posse tranqüila e permanente desses dons. Determinou, portanto, o tempo em que o Espírito Santo desceria sobre nós, isto é, o da vinda de Cristo, prometeu com estas palavras: Naqueles dias, a saber, nos dias do Salvador, derramarei meu Espírito sobre todo ser humano (Jl 3,1). Quando este tempo de imensa e gratuita liberalidade trouxe ao mundo o Filho Unigênito encarnado, isto é como homem nascido de mulher, segundo a Sagrada Escritura, novamente o Pai nos concedeu o seu Espírito, sendo Cristo o primeiro a recebê-lo como primícias da natureza renovada. João Batista o testemunhou dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu, e permanecer sobre Ele (Jo 1,32).

Afirma-se que Cristo recebeu o Espírito enquanto homem e enquanto convinha ao homem recebê-lo; embora seja Filho de Deus Pai e gerado de sua substância, mesmo antes da encarnação, e mais ainda, antes de todos os séculos, não se ofende ao ouvir o Pai declarar-lhe, depois que se fez homem: Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei (Sl 2,7). O Pai diz que foi gerado hoje aquele que antes dos séculos era Deus, gerado por Ele, para receber-nos em Cristo como filhos adotivos. Com efeito,toda natureza humana se encontra em Cristo enquanto homem.assim o Pai dá ao Filho seu próprio Espírito, a fim de que em Cristo também o recebamos. Por este motivo, Cristo veio em auxilio de nossa descendência de Abraão, como está escrito, e tornou-se em tudo semelhante a seus irmãos. O Unigênito de Deus não recebeu o Espírito Santo para si mesmo; com efeito, este Espírito que é seu, nos é dado nele e por ele. É por Cristo que recebemos todos os dons.

Fonte: Liturgia das Horas

São Cirilo de Alexandria

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aos que jaziam na sombra região da morte surgiu uma grande Luz


Sobre Adão, cego no Éden, ergue-se um sol, que surgiu em Belém e que lhe abriu os olhos, lavando-os nas águas do Jordão. Sobre aquele que jazia na sombra e nas trevas elevou-se a luz que nunca mais se extinguirá. Acabou para ele a noite, para ele tudo é dia; chegou para ele o momento da aurora, porque foi no crepúsculo que ele se escondeu, como diz a Escritura (Gn 3, 8). Aquele que caíra ao entardecer encontrou a aurora que o ilumina, escapou à escuridão, avança em direcção à manhã que se manifestou e que tudo ilumina. [...]
Canta, Adão, canta e adora Aquele que vem a ti; quando tu te afastavas, Ele manifestou-Se a ti para que pudesses vê-Lo, tocar-Lhe, acolhê-Lo. Aquele que temias quando foste enganado fez-Se por ti semelhante a ti. Desceu à terra para te levar para o céu, tornou-Se mortal para que tu te tornasses Deus e te revestisses da tua beleza inicial. Desejando abrir-te de novo as portas do Éden, habitou em Nazaré. Por tudo isso, canta-Lhe, ó homem, glorifica com salmos Aquele que Se manifestou e que tudo iluminou. [...]
Os olhos dos filhos da terra receberam a força de contemplar o rosto celeste; os olhos dos seres de barro (Gn 2, 7) viram o brilho sem sombras da luz imaterial, que os profetas e os reis não viram, mas desejaram ver (Mt 13, 17). O grande Daniel foi chamado homem de desejos porque desejou contemplar Aquele que nós contemplamos. Também David esperou este decreto. Aquilo que estava oculto pode agora ser compreendido: é que Ele manifestou-Se e tudo iluminou.

Fonte: Evangelho Cotidiano

domingo, 2 de janeiro de 2011


O Papa Bento XVI afirmou hoje, diante de milhares de seguidores reunidos na Praça São Pedro, que os Reis Magos foram “o começo do novo povo de Deus”. O Pontífice fez essa afirmação da sacada de seu apartamento no Vaticano, de onde rezou o Ângelus junto aos milhares de fiéis italianos, peregrinos e turistas que celebraram hoje a festividade da Epifania na Praça São Pedro. “Se Maria, José e os pastores de Belém representam o povo de Israel que acolheu o Senhor, os Reis Magos são o começo do povo, do novo povo de Deus, fundado não na homogeneidade étnica, lingüística ou cultural, mas apenas na fé comum em Jesus, Filho de Deus”, explicou. Segundo o Pontífice, “a Epifania de Cristo é, portanto, ao mesmo tempo epifania da Igreja, ou seja, manifestação de sua vocação e de sua missão universal”. Bento XVI aproveitou a ocasião para enviar uma “saudação cordial aos queridos irmãos e irmãs da Igreja Ortodoxa que, segundo o calendário Juliano, celebram o Natal amanhã”. “Com afeto, desejo a eles abundância de paz e de prosperidade cristã”, disse o Papa. Em seguida, Bento XIV cumprimentou todos os presentes na Praça de São Pedro em várias línguas. E acrescentou: “Com a mesma atitude dos Magos do Oriente, queremos adorar Jesus por ser o Senhor de todos os povos e oferecer-Lhe o presente mais estimado: nossa entrega a Ele, acompanhada do amor incondicional a nossos irmãos. Feliz festa para todos!”.

Solenidade da Epifania do Senhor


A Igreja celebra a Epifania, isto é, a manifestação do Senhor ao mundo inteiro. Os Magos representam os povos de todas as línguas e nações que se põem a caminho, chamados por Deus, para adorar Jesus (cf. Mt 2, 1-12).

Nos Reis Magos, vemos milhares de almas de toda a terra que procuram o Senhor para adorara-Lo. Passaram-se vinte séculos desde aquela primeira adoração, e esse longo desfile do mundo inteiro continua chegando a Cristo.

A festa da Epifania incita todos os fiéis a partilharem dos anseios e fadigas da Igreja, que “ora e trabalha ao mesmo tempo, para que a totalidade do mundo se incorpore ao Povo de Deus, Corpo do Senhor e Templo do Espírito Santo” (LG 17). Nós podemos ser daqueles que, estando no mundo, imersos nas realidades temporais, viram a estrela de uma chamada de Deus e são portadores dessa luz interior que se acende em consequência do trato diário com Jesus. Sentimos, pois, a necessidade de fazer com que muitos indecisos ou ignorantes se aproximem do Senhor e purifiquem a sua vida.

A Epifania é a festa da fé e do apostolado da fé. “Participam desta festa tanto os que já chegaram à fé como os que procuram alcançá-la. Participa desta festa a Igreja, que cada ano se torna mais consciente da amplitude da sua missão. A quantos é necessário levar ainda a fé! Quantos homens é preciso ainda reconquistar para a fé que perderam, numa tarefa que é às vezes mais difícil do que a primeira conversão!

A Epifania recorda-nos que devemos esforçar-nos por todos os meios ao nosso alcance para que todos os nossos amigos, familiares e colegas se aproximem de Jesus.

Os Magos, seguindo a estrela, encontram o lugar onde estava o Salvador com Maria e José. E voltaram às suas regiões por outro caminho.

Quem encontra Jesus Cristo muda de caminho. Toma outro caminho. Um caminho novo, o caminho de Jesus Cristo que se apresenta como o Caminho. O encontrar Deus no menino transforma a vida das pessoas. Já não podem voltar a Herodes. Voltaram por outro caminho à sua região. Importa seguir a estrela que pousará onde está Jesus Cristo. Precisamos estar atentos à estrela. A estrela são todos os sinais de Deus para que encontremos o Messias Salvador: a Palavra de Deus, os Sacramentos, o Magistério da Igreja, uma boa palavra do sacerdote ou de pessoas amigas, os acontecimentos da vida.

Os Magos seguiram a estrela. Não duvidaram, porque sua fé era sólida, firme; não titubearam perante a fadiga de tão longa viagem, porque o seu coração era generoso. Não adiaram a viagem para mais tarde, porque tinham alma decidida. É importante aprender dos Magos a virtude da perseverança: mesmo durante o tempo em que a estrela se ocultou aos seus olhares continuaram à procura do Menino! Também nós devemos perseverar na prática das boas obras, mesmo durante as mais obscuras trevas interiores. É a prova do espírito, que somente pode ser superada num intenso exercício de fé. Sei que Deus assim o quer, devemos repetir nesses momentos: Sei que Deus me chama e isso basta! “Sei em quem pus a minha confiança” (2Tm 1, 12).

Sejamos estrelas que vão indicando o caminho ao próximo para que ele encontre o Messias Salvador. Há muitas maneiras de sermos estas estrelas, dando testemunho de Jesus Cristo. Isso na família, na Igreja e na sociedade. Que na festa da Epifania nos deixemos guiar pela estrela, iluminar por ela, e poderemos ser luz para os outros.

Peçamos à Virgem Maria que nos conduza ao seu Filho Jesus. Os Reis Magos tiveram uma estrela. Nós temos Maria!

Mons. José Maria Pereira

sábado, 1 de janeiro de 2011


Catecismo da Igreja Católica


494. Ao anúncio de que ela dará a luz ao “Filho do Altíssimo” sem conhecer varão, pela virtude do Espírito Santo,134 Maria respondeu pela obediência da fé” (Rm 1, 5), segura de que “nada há impossível para Deus”: “Eis aqui a escrava do Senhor: faça-se em mim segundo sua palavra” (Lc 1, 37-38). Assim dando seu consentimento à palavra de Deus, Maria chegou a ser Mãe de Jesus e, aceitando de todo coração a vontade divina de salvação, sem que nenhum pecado o impedisse, entregou-se a si mesmo por inteiro à pessoa e à obra de seu Filho, para servir, em sua dependência e com ele, pela graça de Deus, ao Mistério da Redenção :135


Ela, em efeito, como diz são Irineu, “por sua obediência foi causa da salvação própria e da de todo o gênero humano”. Por isso, não poucos Padres antigos, em seu predicação, coincidiram com ele em afirmar: “o nó da desobediência da Eva desatou a obediência da Maria. O que atou a virgem Eva por sua falta de fé o desatou a Virgem Maria por sua fé”. Comparando-a com Eva, chamam a Maria ’Mãe dos viventes’ e afirmam com maior freqüência: “a morte veio por Eva, à vida por Maria”.136


A maternidade divina de Maria


495. Chamada nos evangelhos “a Mãe de Jesus” (Jo 2, 1; 19, 25,137) Maria é aclamada sob o impulso do Espírito como “a mãe de meu Senhor” desde antes do nascimento de seu filho (Lc 1, 43). Em efeito, aquele que ela concebeu como homem, por obra do Espírito Santo, e que se feito verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus [“Theotokos”].138


509. Maria é verdadeiramente "Mãe de Deus'' porque é a Mãe do Filho Eterno de Deus feito Homem, que é Deus mesmo.


2677. “Santa Maria, Mãe de Deus, roga por nós...” Com Isabel, maravilhamo-nos e dizemos: “De onde a mim que a mãe de meu Senhor venha para mim?” (Lc 1, 43). Porque dá a Jesus seu filho, Maria é mãe de Deus e nossa mãe; podemos lhe confiar todos nossos cuidados e nossas petições: ora por nós como ela orou por si mesmo: “Faça-se em mim segundo sua palavra” (Lc 1, 38). Nos confiando a sua oração, abandonamo-nos com ela na vontade de Deus: “Faça-se sua vontade”.