sábado, 30 de abril de 2011

São José operário 30/04/2011

Basta traçar um paralelo entre a vida cheia de sacrifícios de são José, que trabalhou a vida toda para ver Nosso Senhor Jesus Cristo dar a vida pela humanidade, e a luta dos trabalhadores do mundo todo, pleiteando respeito a seus direitos mínimos, para entender os motivos que levaram o papa Pio XII a instituir a festa de "São José Trabalhador", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do trabalho em quase todo o planeta.
Foi no dia 1o de maio de 1886, em Chicago, maior parque industrial dos Estados Unidos na época, que os operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e pelo total desrespeito à pessoa que os patrões demonstravam. Eram trezentos e quarenta em greve e a polícia, a serviço dos poderosos, massacrou-os sem piedade.

Mais de cinqüenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados num confronto desigual. Em homenagem a eles é que se consagrou este dia.
São José é o modelo ideal do operário. Sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, dessa maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a humanidade.
Proclamando são José protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos seres humanos, aquele que aceitou ser o pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio
dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.
Muito acertada mais esta celebração ao homem "justo" do Evangelho, que tradicional e particularmente também é festejado no dia 19 de março, onde sua história pessoal é relatada.


Fonte: Paulinas

Maio Mês de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe




“Como é bonita uma religião que se lembra da mãe de Jesus”, nos diz uma canção do Pe. Zezinho,SCJ, e é verdade, como é bonito ver o nosso povo caminhando com Maria na certeza de encontrar-se com seu filho Jesus. Maria é para este povo, para mim e para você meu irmão e minha irmã o Farol de luz que nos mostra Jesus, é ela a Estrela da Nova Evangelização. Por isso neste mês de maio aprendamos muito com Maria, Mulher do Silêncio, da Escuta, do Serviço e da Obediência. Como não lembrar aqui as palavras de Dom Bosco quando nos diz assim “Sê devoto de Maria Santíssima e serás certamente feliz”. É verdade amados irmãos e irmãs, é no caminho de Maria que aprenderemos tantas virtudes que nos ajudarão a trilhar melhor o caminho da vida. Maria, a escolhida por Deus, a Bem-Aventurada, mulher sem mancha de qualquer Pecado, Ela é a Imaculada, a Cheia de Graça, Mãe do Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo. Mulher Humilde que soube ouvir a voz de Deus e acolher a sua Palavra, “faça-se em mim”. Peçamos a Maria que como uma professora nos eduque sempre mais, nos ensinando a crer e a amar o seu Filho Jesus, nosso irmão. Jesus vivo na Eucaristia “o dom de Deus ao mundo é realizado devido a uma mulher, bendita entre todas as mulheres, que acreditou e que se entregou sem condições à Palavra misteriosa do Seu Senhor”. Vejamos meus irmãos e irmãs como Maria é importante na história da Salvação, Ela é a Mulher por excelência, não há outra mulher como Maria. Vivamos bem este mês, ouvindo a voz da Mãe Auxiliadora e defensora nossa que nos diz “FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER”. A paz de Jesus e o Amor de Maria!

30/04/2011



Fonte: Blog Somos Servos

domingo, 24 de abril de 2011

Cristo Ressuscitou, Aleluia 24/04/2011



O poder do Sangue de Jesus




Temos o dia da ressurreição de Jesus como “o primeiro dia da semana”, o domingo, lembrando a primeira criação ou nova criação. Para os cristãos o domingo se tornou o primeiro de todos os dias, odia do Senhor. Foi no domingo que Maria Madalena foi ao túmulo para embalsamar o corpo de Jesus, o que não aconteceu com Ele por ter sido tirado às pressas da cruz para ser levado antes que se iniciasse osábado dos judeus. Maria Madalena representa a comunidade sem a perspectiva da fé, incapaz de assimilar a morte e acreditar na ressurreição de Jesus. Ela vê a pedra do sepulcro removida e acredita que esteja vazio.

Não entra para certificar-se da ausência de Jesus, reage como se O tivessem levado para outro lugar, e corre ao encontro de Pedro e João para contar-lhes o fato. Ela é a primeira testemunha e mensageira da ressurreição de Cristo aos apóstolos.


A presença das santas mulheres na vida de Jesus foi muito marcante. O zelo, o cuidado, a acolhida e o respeito delas para com Ele são um prenúncio da importante atuação das mulheres nas comunidades cristãs. E Maria Madalena foi uma das seguidoras de Jesus, curada por Ele. Pedro e João ao saberem do ocorrido vão com pressa e esperança ao local para certificarem-se. João, mais jovem, vai à frente, mas não entra, espera Pedro chegar e entrar na sua frente no sepulcro. Esta atitude de João demonstra que a fé de Pedro ocupa um lugar privilegiado entre os discípulos, e um gesto de amor que repete o de Jesus. Eles vêem no chão as faixas do sepultamento e o pano que envolvia a cabeça de Jesus. Se se tratasse de roubo, quem se preocuparia em tirar os panos do corpo e dobrá-los com tanto cuidado? João escreveu no Evangelho que após ver os linhos dobrados, “Ele viu e creu”, falando de si mesmo. Ele viu apenas o mínimo, mas acreditou na ressurreição de Jesus. Este é o primeiro ato de fé em Jesus ressuscitado. Deus usa sinais simples para iluminar os discípulos que estão atentos para acreditar, ouvir, aprender e praticar os ensinamentos que Jesus deixara.


Leituras Complementares: CIC 515 , 639-646, 992, 2174

CIC = Catecismo da Igreja Católica

Fonte: Internet

A vocês que seguem o nosso Blog, uma feliz Ressurreição de Cristo em vocês e suas famílias Graziela e Altair






Sexta- feira Santa 21/04/2011



Queres conhecer o poder do sangue de Cristo? Voltemos às figuras que o profetizaram e

recordemos a narrativa do Antigo Testamento: Imolai, disse Moisés, um cordeiro de um ano e marcai as portas com o seu sangue (cf. Ex 12,6-7). Que dizes, Moisés? O sangue de um

cordeiro tem poder para libertar o homem dotado de razão? É claro que não, responde ele, não porque é sangue, mas por ser figura do sangue do Senhor. Se agora o inimigo, ao invés do sangue simbólico aspergido nas portas, vir brilhar nos lábios dos fiéis, portas do templo

dedicado a Cristo, o sangue verdadeiro, fugirá ainda mais para longe.

Queres compreender mais profundamente o poder deste sangue? Repara de onde começou a

correr e de que fonte brotou. Começou a brotar da própria cruz, e a sua origem foi o lado do

Senhor. Estando Jesus já morto e ainda pregado na cruz, diz o evangelista, um soldado

aproximou-se, feriu-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu água e sangue: a água,

como símbolo do batismo; o sangue, como símbolo da eucaristia. O soldado, traspassando-lhe o lado, abriu uma brecha na parede do templo santo, e eu, encontrando um enorme tesouro,

alegro-me por ter achado riquezas extraordinárias. Assim aconteceu com este cordeiro. Os judeus mataram um cordeiro e eu recebi o fruto do sacrifício.

De seu lado saiu sangue e água (Jo 19,34). Não quero, querido ouvinte, que trates com

superficialidade o segredo de tão grande mistério. Falta-me ainda explicar-te outro significado místico e profundo. Disse que esta água e este sangue são símbolos do batismo e da eucaristia. Foi destes sacramentos que nasceu a santa Igreja, pelo banho da regeneração e pela renovação no Espírito Santo, isto é, pelo batismo e pela eucaristia que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja de seu lado traspassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa.

Por esta razão, a Sagrada Escritura, falando do primeiro homem, usa a expressão osso dos meus ossos e carne da minha carne (Gn 2,23), que São Paulo refere, aludindo ao lado de Cristo. Pois assim como Deus formou a mulher do lado do homem, também Cristo, de seu lado, nos deu a água e o sangue para que surgisse a Igreja. E assim como Deus abriu o lado de Adão enquanto ele dormia, também Cristo nos deu a água e o sangue durante o sono de sua morte.

Vede como Cristo se uniu à sua esposa, vede com que alimento nos sacia. Do mesmo alimento

nos faz nascer e nos nutre. Assim como a mulher, impulsionada pelo amor natural, alimenta

com o próprio leite e o próprio sangue o filho que deu à luz, também Cristo alimenta sempre

com o seu sangue aqueles a quem deu o novo nascimento.


Fonte: L H- São João Crisóstomo

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Quinta-feira Santa



«Sempre que comerdes este pão e beberdes este vinho proclamareis a morte do Senhor, até que Ele venha»



«Jesus, sabendo bem que tinha chegado a Sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os Seus que estavam no mundo, levou o Seu amor por eles até ao extremo». E eis que, durante a refeição pascal, a última antes da Sua partida para o Pai, se revela um sinal novo: o sinal da Nova Aliança. «Até ao extremo» quer dizer: até Se dar a Si próprio por eles. Por nós. Por todos. «Até ao extremo» significa: até ao fim dos tempos. Até que Ele venha pela segunda vez.

Desde esta noite da Última Ceia, todos nós, filhos e filhas da Nova Aliança no sangue de Cristo, recordamos a Sua Páscoa, a Sua partida graças à morte na cruz. Mas não se trata apenas de uma lembrança. O sacramento do Corpo e do Sangue tornam o Seu sacrifício presente, fazendo com que nele participemos sempre de novo. Neste sacramento, Cristo crucificado e ressuscitado está constantemente connosco, Ele vem constantemente até nós sob a forma do pão e do vinho, até vir de novo, a fim de que o sinal dê lugar à realidade última e definitiva. Que darei eu em troca deste amor «até ao extremo»?


Fonte: João Paulo II



sábado, 16 de abril de 2011

Domingo de Ramos 17/04/2011



Bendito o que vem em nome do Senhor, o rei de Israel



Vinde, subamos ao monte das Oliveiras e corramos ao encontro de Cristo, que hoje volta de Betânia e se encaminha voluntariamente para aquela venerável e santa Paixão, a fim de realizar o mistério de nossa salvação. Caminha o Senhor livremente para Jerusalém, ele que desceu do céu por nossa causa – prostrados que estávamos por terra – para elevar-nos consigo bem acima de toda autoridade, poder, potência e soberania ou qualquer título que se possa mencionar (Ef 1,21), como diz a Escritura.


O Senhor vem, mas não rodeado de pompa, como se fosse conquistar a glória. Ele não


discutirá, diz a Escritura, nem gritará, e ninguém ouvirá sua voz (Mt 12,19; cf. Is 42,2). Pelo


contrário, será manso e humilde, e se apresentará com vestes pobres e aparência modesta.


Acompanhemos o Senhor, que core apressadamente para a sua Paixão e imitemos os que


foram ao seu encontro. Não para estendermos à sua frente, no caminho, ramos de oliveira ou de palma, tapetes ou mantos, mas para nos prostrarmos a seus pés, com humildade e retidão de espírito, a fim de recebermos o Verbo de Deus que se aproxima, e acolhermos aquele Deus que lugar algum pode conter. Alegra-se Jesus Cristo, porque deste modo nos mostra a sua mansidão e humildade, e se eleva, por assim dizer, sobre o ocaso (cf. Sl 67,5) de nossa infinita pequenez; ele veio ao nosso ncontro e conviveu conosco, tornando-se um de nós, para nos elevar e nos reconduzir a si. Diz um salmo que ele subiu pelo mais alto dos céus ao Oriente (cf. Sl 67,34), isto é, para excelsa glória da sua divindade, como primícias e antecipação da nossa condição futura; mas nem por isso abandonou o gênero humano, porque o ama e quer elevar consigo a nossa natureza, erguendo-a do mais baixo da terra, de glória em glória, até torná-la participante da sua sublime divindade.


Portanto, em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de folhagens que alegram o olhar por


pouco tempo, mas depressa perdem o seu verdor, prostremo-nos aos pés de Cristo. Revestidos de sua graça, ou melhor, revestidos dele próprio, – vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo (Gl 3,27) – prostremo-nos a seus pés como mantos estendidos. Éramos antes como escarlate por causa dos nossos pecados,mas purificados pelo batismo da salvação, nos tornamos brancos como a lã. Por conseguinte, não ofereçamos mais ramos e palmas ao vencedor da morte, porém o prêmio da sua vitória.


Agitando nossos ramos espirituais, o aclamemos todos os dias, juntamente com as crianças,


dizendo estas santas palavras: “Bendito o que vem em nome do Senhor, o rei de Israel”.



Fonte: Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo



terça-feira, 12 de abril de 2011

V Domingo da Quaresma 10/04/2011


Os textos da Liturgia da Palavra deste domingo da Quaresma, e de modo especial o relato da ressurreição de Lázaro do Evangelho de São João, colocam diante de nós esse face a face dramático entre a vida e a morte, essa experiência tremenda que Jesus assumiu também viver para que nenhum homem pudesse voltar a morrer sozinho. O relato da ressurreição de Lázaro encontra-se a meio do Evangelho, servindo mais ou menos de charneira entre a primeira e a segunda parte do Evangelho, fazendo a ponte através deste acontecimento, o sétimo e último sinal daqueles que manifestam a messianidade de Jesus e se iniciam nas bodas de Caná, para o confronto entre a luz e as trevas, cujo ponto culminante é a vitória da luz na manhã da ressurreição. O relato da ressurreição de Lázaro é também um assumir e uma prefiguração do drama da paixão que Jesus vai sofrer, pois há uma associação intima entre a morte de um e outro e o que se manifesta na ressurreição do primeiro serve para a compreensão da ressurreição do segundo. Neste sentido e face à noticia da doença de Lázaro, do amigo por quem vai chorar, Jesus assume que ela tem um fim muito próprio, pois vai servir para manifestar a glorificação do Filho e por isso, por muito que lhe apeteça partir para estar junto do amigo e de suas irmãs, é necessário dar tempo para que a hora da manifestação possa chegar, essa hora da glorificação necessária. A expressão queixosa de Marta e Maria, de que se Jesus estivesse presente o irmão não teria morrido, é também manifestação desta necessidade de dar tempo ao tempo para que o projecto de Deus e neste caso a missão de Jesus se possa cumprir. Perante a incompreensão dos discípulos, uma vez mais não compreendem o que diz, Jesus vê-se obrigado a declarar-lhes que o sono de que tinha falado era apenas uma metáfora, uma imagem da morte que de facto tinha já acontecido, tinha já obtido a sua vitória sobre Lázaro. Jesus sabe perfeitamente que a morte cumpriu a sua obra, tal como tentará cumprir sobre si mesmo. A dimensão prefigurativa da paixão de Jesus no relato da ressurreição de Lázaro encontra-se também patenteada no diálogo de Jesus com os discípulos sobre os perigos do regresso à Judeia. Eles sabem que a sua vida corre perigo, que está ameaçado de ser morto à pedrada por se ter feito Filho de Deus e por isso tentam dissuadi-lo do regresso a Betânia. Mas Jesus sabe que necessita ir, necessita como diz “ir ter com Lázaro”. Este encontrar-se com Lázaro não diz respeito a um mero encontro físico, pois Lázaro jaz já sepultado, há quatro dias, mas a um encontro no domínio da morte, nessa mesma experiência da morte. Só descendo à morte de Lázaro, à experiência que Lázaro acaba de sofrer é que poderá triunfar, poderá alcançar a glorificação do Filho do Homem. Neste sentido, Jesus é perfeita e totalmente solidário com a humanidade e todas as suas experiências e por isso não escamoteia submeter-se à experiência mais radical, à experiência mais consequente com o pecado. Ao dizer que quer ir ter com Lázaro, Jesus assume a entrega da sua vida, manifesta a vontade de passar pela mesma experiência, bem como a necessidade dessa experiência para poder alcançar a glorificação do Filho do homem e de todos os seus irmãos que nele acreditarem e procurarem ter o seu Espírito. Perante tal decisão, os discípulos, e de modo especial Tomé, prontificam-se a acompanhar Jesus, a dar também a sua vida, “vamos nós também para morrermos com ele”. Mas este ímpeto é apenas fogo de vista e ainda que mais tarde os discípulos venham a dar a vida por Jesus, neste contexto do relato, a disposição de entregar a vida, mais que aos discípulos, deve ser reportada e referida a Jesus, porque ele sim, verdadeiramente, assumiu essa dimensão de partilha da morte. Ao querer ir ter com Lázaro Jesus manifestou a vontade que querer vir ter com todos nós nesta experiência da morte e portanto, a partir desta palavra, nenhum homem poderá jamais considerar ou temer morrer sozinho, porque Jesus está presente. A sua entrega à experiência da morte significa também morrer connosco, fazer a passagem connosco no momento da nossa passagem. E não só está presente, experimentando connosco a morte, como ainda nos diz de braços eternamente abertos “vem para fora”, incentivando-nos a não ter medo, incentivando-nos a confiar, a libertarmo-nos das ligaduras e das faixas que nos prendem e nos tolhem e vedam a visão perfeita, porque também ele já fez a experiência confiando no amor do Pai, porque nos ama, e porque assim como por Lazaro também chora por nós e connosco em cada morte. Pudéssemos nós ter a fé suficientemente forte para acreditar que Jesus está connosco mas sobretudo para não duvidarmos nunca que Ele é a ressurreição e a vida e quem acredita Nele nunca morrerá. Como Marta digamos: “acredito Senhor que tu és o Messias, o Filho de Deus”, mas necessito que fortaleças a minha fé, que faças rolar as pedras que me encerram ainda no túmulo da incredulidade. Fonte: Frei José Carlos Lopes Almeida, OP

domingo, 3 de abril de 2011

IV Domingo da Quaresma 03/04/ 2011


Diz o Senhor: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não andará nas trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12). Estas breves palavras contêm um preceito e uma promessa. Façamos o que o Senhor mandou, para esperarmos sem receio receber o que prometeu, e não nos vir ele a dizer no dia do Juízo: "Fizeste o que mandei para esperares agora alcançar o que prometi?" Responder-te-á: "Disse que me seguistes". Pediste um conselho de vida. De que vida, senão daquela sobre a qual foi dito: Em vós está a fonte da vida? (Sl 35,10). Por conseguinte, façamos agora o que nos manda, sigamos o Senhor, e quebremos os grilhões que nos impedem de segui-lo. Mas quem é capaz de romper tais amarras se não for ajudado por aquele de quem se disse: "Quebrastes os meus grilhões? (Sl 115,7). E também noutro salmo: ''E o Senhor quem liberta os cativos, o Senhor faz erguer-se o caído (Sl 145,7.8). Somente os que assim são libertados e erguidos poderão seguir aquela luz que proclama: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não andará nas trevas. Realmente o Senhor faz os cegos verem. Os nossos olhos, irmãos, são agora iluminados pelo colírio da fé. Para restituir a vista ao cego de nascença, o Senhor começou por ungir-lhe os olhos com sua saliva misturada com terra. Cegos também nós nascemos de Adão, e precisamos de ser iluminados pelo Senhor. Ele misturou sua saliva com a terra: E a Palavra se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14). Misturou sua saliva com a terra, como fora predito: A verdade brotou da terra (cf. Sl 84,12). E ele próprio disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). A verdade nos saciará quando o virmos face a face, porque também isso nos foi prometido. Pois quem ousaria esperar, se Deus não tivesse prometido ou dado? Veremos face a face, como diz o Apóstolo: Agora, conheço apenas de modo imperfeito; agora, nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face (1Cor 13,12). E o apóstolo João diz numa de suas cartas: Caríssimos, desde já somo filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é (1Jo 3,2). Eis a grande promessa!Se o amas, segue-o! "Eu o amo, dizes tu, mas por onde o seguirei?" Se o Senhor te houvesse dito: "Eu sou a verdade e a vida", tu que desejas a verdade e aspiras à vida, certamente procurarias o caminho para alcançá-la e dirias a ti mesmo: "Grande coisa é a verdade, grande coisa é a vida! Ah se fosse possível à minha alma encontrar o caminho para lá chegar!" Queres conhecer o caminho? Ouve o que o Senhor diz em primeiro lugar: Eu sou o caminho. Antes de dizer aonde deves ir, mostrou por onde deves seguir. Eu sou, diz ele, o caminho. O caminho para onde? A verdade e a vida. Disse primeiro por onde deves seguir e logo depois indicou para onde deves ir. Eu sou o caminho, eu sou a verdade, eu sou a vida. Permanecendo junto do Pai, é verdade e vida; revestindo-se de nossa carne, tornou-se o caminho. Não te é dito: "Esforça-te por encontrar o caminho, para que possas chegar à verdade e à vida". Decerto não é isso que te dizem. Levanta-te, preguiçoso! O próprio caminho veio ao teu encontro e te despertou do sono em que dormias, se é que chegou a despertar-te; levanta-te e anda!Talvez tentes andar e não consigas, porque te doem os pés. Por que estão doendo? Não será pela dureza dos caminhos que a avareza te levou a percorrer? Mas o Verbo de Deus curou também os coxos. "Eu tenho os pés sadios, respondes, mas não vejo o caminho". Lembra-te que ele também deu a vista aos cegos. Fonte: Dos Tratados sobre o Evangelho de São João, de Santo Agostinho, bispo