sexta-feira, 9 de março de 2012
Santa Francisca Romana 09/03/2012
“Foi no coração de Francisca que o Espírito Santo derramou os seus dons espirituais e ao mesmo tempo suscitou muitas iniciativas de bem”. (Bento XVI) Francisca nasceu no ano de 1384 na cidade eterna (Roma). Seus pais pertenciam à alta aristocracia romana e chamavam-se Paulo de Busci e Jacobela da Rofredeschi. De sua mãe recebeu os mais vivos sentimentos de fé, uma fé alicerçada na esperança e na caridade, virtudes estas recebidas no Santo Batismo. Nessa época, Roma encontrava-se em ruínas, foram tempos turbulentos, devido a um cisma na Igreja. O Foro Romano era transitado por animais e a Basílica de São Paulo foi transformada em estábulo para os pastores e rebanhos. A jovem Francisca sempre nutrio em seu coração um forte desejo de servir a Deus e dedicar-se a oração a contemplação.
O Senhor Paulo de Busci impôs a sua vontade e usando do direito paternal deu a filha Francisca em casamento a Lorenzo de Ponziani, cuja família se orgulhava de ter entre seus antepassados o Papa Ponciano – O Mártir. Francisca estava com 13 anos e foi aconselhada a obedecer seu pai, pelo seu diretor espiritual. Logo após o casamento, Francisca foi morar no palácio da família de seu marido.
Em pouco tempo de casada, Francisca adoeceu gravemente e sempre atribuiu à cura de sua doença a intercessão do Santo Aleixo, que segundo seus relatos apareceu-lhe em sonhos.Tão logo se vendo curada, Francisca e sua cunhada Vanossa passaram a visitar os pobres, assistir os doentes, e a praticar todas as obras de misericórdia. A bondade e a caridade de Francisca chamaram atenção da população de Roma, em varias ocasiões foi vista carregando doentes, alimentando crianças e idosos nas calçadas da miséria.
O Senhor abençoou seu casamento com três filhos, João Batista, João Evangelista e Inês. Era uma mãe dedicada e uma esposa incansável no dia-a-dia com seu esposo.
Roma foi palco de grandes conflitos, e por essa época a igreja não tinha um, mas três Papas. Urbano VI era o legitimo, portanto a família de Francisca estava ao seu lado.
Num desses conflitos o castelo da família de Francisca foi invadido e seu marido ferido gravemente, como conseqüência dos ferimentos ficou invalido pelo resto de sua vida.
Logo em seguida Roma foi atingida pela peste e pela fome que vitimaram os filhos de Francisca, João Evangelista e Inês. Em tudo Francisca louvava a Deus, e cada vez mais se colocava a seu serviço. O Senhor lhe favorecia com revelações e iluminações, que eram submetidas ao seu confessor.
Muitas senhoras aristocratas romanas seguiram seu exemplo permanecendo cada uma em sua casa. No ano de 1425 formaram uma associação que se chamava Oblatas Olivetanas, pois viviam a espiritualidade dos Monges Beneditinos Olivetanos. Somente no ano de 1433, tornou-se uma congregação religiosa de vida comunitária e a primeira casa foi em um edifício, Tor de Specchi (Torre de Espelhos). Francisca foi morar na comunidade e tornou-se religiosa de fato, somente após a morte do marido, viveu com seu marido uma harmoniosa união matrimonial de mais de 40 anos.
No ano de 1436, Francisca deixa o Castelo da família para viver o carisma da contemplação e assistência aos doentes, enfermos e aos mais necessitados.
Francisca Romana sofreu perseguições e humilhações porem sempre encontrou consolo e o conforto em suas longas horas de oração e na Santa Eucaristia.
Deus a consolou com revelações místicas sobre as vidas de Jesus e da Ssma. Virgem. Por algum tempo trouxe em seu corpo as chagas de Nosso Senhor.
O que mais chamou atenção da Igreja, na vida de Francisca Romana, foi a convivência com os anjos, ou seu anjo da guarda. Nos primeiros anos de casada, sentia a presença do anjo que sempre a advertia no caminho do bem. Quando perdeu seu filho João Evangelista, este lhe apareceu em grande glória e disse-lhe que trouxera do céu um anjo, quem a acompanharia e seria seu protetor e guia em todas as ocorrências da vida. Foi este anjo seu companheiro por 24 anos, tornava-se visível só quando falava com o confessor e quando o inimigo a molestava com fortes tentações.
Mais intima foi a convivência com o anjo que Deus lhe dera nos últimos tempos de sua vida terrena. Este anjo lhe era visível e no seu olhar ela lia a resposta a cada pergunta e os avisos futuros.
Francisca Romana passou seus últimos quatro anos de vida no convento onde foi eleita superiora.
No ano de 1440 foi obrigada a voltar a casa de seus familiares, pois seu único filho João Batista estava gravemente enfermo, o seu coração de mãe falou mais alto e ela foi incansável no tratamento do filho.
O filho logo restabeleceu a saúde e a mãe Francisca Romana faleceu alguns dias depois no dia 9 de Março de 1440. Seu corpo foi sepultado, acompanhado por grande cortejo de nobres e plebeus na Igreja de Santa Maria Nuova. Foi canonizada em 1608 e indicada por Paulo V como modelo de filha, esposa, mãe, viúva, religiosa e mística. Que Santa Francisca nos ajude a alcançar a santidade nos mais diversos estados de vida que nos encontramos.
Fonte: Internet
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