Timóteo e Tito são duas figuras importantes na Igreja primitiva. Foram filhos diletos do apostolo Paulo, gerados para o ministério por ele e foram fiéis colaboradores. A festa de hoje estende e aprofunda as celebrações do dia 25 de janeiro – Conversão de São Paulo. A primeira leitura de hoje é da Segunda Carta de São Paulo a Tm, 1º, 1-8. Duas observações: a fé como razão profunda do serviço ministerial e o sentimento humano que se exprime em forma de afeto vibrante e profundo. Paulo é apostolo na mais alta expressão do termo. Foi enviado por Cristo Jesus. Está preso e vai ser condenado. Sabe que a missão precisa continua e transmite para Timóteo, dons de Deus, Graça, misericórdia e paz. Na prisão, sente saudade, quer rever as pessoas que carrega em seu coração, especialmente, Timóteo, o seu filho na fé. Na última vez, que estiveram juntos, os dois choraram. Paulo quer reviver as mesmas alegrias. O velho Paulo não mantém com os seus filhos a afetação do mestre e do sábio iluminado e superior. Ele fala com simplicidade, como se fosse uma criança. O seu amor arde até o último, a missão o mantém jovem, ao lado dos filhos. Com eles, é sempre filho de Deus. Reconhece que a fé do discípulo tem semelhanças com a sua fé. Timóteo é hebreu por parte de mãe. O pai era pagão: At 16,1-3. Expressões humanas fortes que se transformam em compromisso de graça na exortação reavivar o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos (1,6) O carisma do ministério é fogo ardente (At 2,3; 1 Ts 5,19), conferido pelo Espírito (1 Cor 12,11). A ordenação sacerdotal faz incendiar, mas o ordenado para manter aceso deve providenciar combustível para aumentar a chama. Não deve somente “sacrificar” coisas, mas continuamente deve jogar-se nas chamas para arder ainda mais. Paulo que antes tinha louvado a fé viva do seu filho, não teme de afirmar imediatamente depois que tal fé tem necessidade de reavivada: “O santo se santifique mais ainda” (Ap 22,11). Paulo diz para o seu filho que o dom recebido não é em função de uma vida de timidez, medíocre e opaca. O Espírito que recebemos no batismo e na ordenação age em nós com a força do amor que provoca a luz do discernimento que é sabedoria e disciplina. Timóteo e Tito serão sempre dóceis! Se o apóstolo deve morrer logo, o filho deve substituir este homem poderoso. Até que o mestre está vivo, o discípulo crê de ter direito a uma certa imaturidade, inconscientemente se comporta como frágil, como alguém não possui as mesmas capacidades do grande modelo. Paulo infunde no seu discípulo o próprio espírito: força, amor, disciplina. Nessa moldura o amor assume o caráter de uma força irresistível, que deve ser absolutamente consciente de si mesmo. Evangelho: Lc 10,1-9. Naquele tempo, o Senhor escolheu outros 72. 12x6 = os doze se multiplicam. Os doze foram os primeiros, depois vieram outros. Paulo se sente verdadeiramente apóstolo. A liturgia de hoje diz que Timóteo e Tito receberam as virtudes apostólicas. Significa que Deus tem necessidade de outros apóstolos. Foram enviados dois a dois porque a missão é comunitária, não é individual. Vimos na primeira leitura a amizade entre os anunciadores do evangelho. Eles vão como ovelhas em meio aos lobos. Significa que a missão é difícil e perigosa. O mundo é sempre contrário ao evangelho e à organização comunitária. Os discípulos de Jesus não levam nada consigo, a não ser a paz. Não levam nada porque confiam nas pessoas. Serão sempre bem recebidos e calorosamente acolhidos. Eles não têm tempo para perder com coisas que não pertencem à missão. Nenhuma saudação e conversa pelos lugares e cidades. São enviados para cuidar dos mais abandonados.
Fonte: Internet
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