A anunciação do nascimento de Jesus, situada em Nazaré, uma pequena aldeia, revela o plano da salvação de Deus em favor do povo oprimido. Maria, comprometida com José mediante um contrato matrimonial que durava por volta de um ano, espera a manifestação de Deus com uma fé ativa. As palavras da saudação expressam a alegria pela realização plena das profecias messiânicas (Is 12,6; Sf 3,14-20). Jesus é o Senhor, o Emanuel, a presença viva e operante de Deus no meio do seu povo (Is 7,14; Ex 3,12- 14). O menino recebe o nome de Jesus, que significa: o Senhor é salvação e será grande, sendo chamado Filho do Altíssimo. Ele reinará para sempre, realizando a promessa de Deus à casa de Davi, representada por José. Deus, que manifesta sua presença na história através de sinais, como o da nuvem luminosa (Ex 40,35 e Nm 9,18-22), plenifica Maria com seu Espírito, cobrindo-a com o poder de sua sombra. A 1ª leitura ressalta a gratuidade do favor divino que estabelece Davi como rei e constrói uma casa, uma dinastia perene. A promessa de um reino estável para sempre, a esperança messiânica de restauração total realiza-se plenamente em Cristo Salvador, descendente de Davi. O/a salmista canta eternamente a bondade e a fidelidade do Senhor à sua aliança. Na 2ª leitura, Deus manifesta a salvação à humanidade através da obra redentora de Cristo. A encarnação precisou do “sim” da Virgem Maria. Só desta forma se dá realmente a união entre o céu e a terra, entre Deus e o homem. O “mundo” no qual Deus se faz carne é o coração aberto, que livremente acolhe a sua vontade.
Se quisermos que a “sombra do altíssimo” nos cubra com a sua presença precisamos nos colocar inteiramente à disposição de Deus.“Olha, o Desejado de todos os povos está lá fora, batendo à porta. Ai! Se se retirasse porque hesitas… Levanta-te, apressa-te, abre! Levanta-te graças à fé, apressa-te graças à tua dedicação, abre graças ao teu consentimento”
(São Bernardo de Claraval, Hom. IV 8).
Fonte: Internet
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