Após uma semana de abrigo no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, São Francisco acha melhor transferir Santa Clara para outro convento, chamado de Santo Angelo de Panço. Ali permanece também por pouco tempo, mas o tempo suficiente para receber sua pequena irmã de sangue Inês, que tinha apenas 14 anos de idade.Para desespero de seus parentes, quinze dias após a fuga de Santa Clara de casa, foge também Inês.
Ela se dirige a Santo Angelo e diz a Clara que deseja seguir o mesmo ideal. Poucas horas depois surgem furiosos seus parentes dispostos a arrancá-la de lá de qualquer maneira. Primeiro tentaram convencê-la com promessas e agrados. Como perceberam que não iam conseguir demovê-la de seu propósito, passaram a usam de violência. Batem-lhe e arrastam-na ladeira abaixo.Inês grita e pede o socorro de sua irmã, que se prosta e pede o auxílio divino para que não consigam levá-la embora. Então, subitamente Inês fica muito pesada e nem diversos homens conseguem carregá-la. Seu tio, irado, tenta dar-lhe um soco e sente uma dor tremenda em sua mão, a qual só passará muito tempo depois, sendo-lhe motivo de sofrimento por vários meses. Em sua frutação, abandona-a no chão e diz em voz alta: - “É impossível carregá-la, já que ficou toda a noite comendo chumbo!”
Depois que todos se afastam, Clara corre ao encontro de sua irmã que se encontra bastante arranhada e quase sem forças para se levantar. As duas retornam a Santo Angelo de Panço dando graças ao Senhor que ouviu suas preces.
Pouco tempo após, São Francisco fica sabendo do acontecido e parabeniza-a pela primeira luta empreendida no serviço de Cristo, trocando-lhe o nome de batismo, Catarina, e dando-lhe o nome de Inês (Agnes = Cordeiro).
Passados poucos dias elas são levadas por São Francisco para o Mosteiro de São Damião, restaurado pessoalmente por ele para as abrigar, e iniciam sua caminhada espiritual.
Em torno de quatro meses depois, ainda em 1212, junta-se a Clara e a Inês a amiga de sua mãe, Pacífica de Guelfúcio e, a partir daí, o grupo de Irmãs Pobres não pára de crescer.
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